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Inversão térmica nas bolsas: Clima quente na B3, dividendos da Petrobras, submarino desaparecido e outros destaques do dia

21 jun 2023, 8:35 - atualizado em 21 jun 2023, 8:35
Termômetro
O tempo segue relativamente agradável no mercado financeiro brasileiro. (Imagem: Pixabay/ geralt)

Se fosse possível misturar finanças com meteorologia, poderíamos dizer que os mercados globais vivem uma espécie de inversão térmica.

O início oficial do inverno de 2023 no hemisfério sul está previsto para as 11h58 da manhã desta quarta-feira. Mas se o frio desrespeitou o calendário e se antecipou, o tempo segue relativamente agradável no mercado financeiro brasileiro.

Mesmo diante de pressões contrárias vindas de fora, o dólar segue abaixo de R$ 4,80 e o Ibovespa acumula alta de aproximadamente 10% em junho, com breves pausas para realização de lucros pontuais, como a que ocorreu ontem.

Já o verão boreal foi recebido com uma intensa onda de calor em extensas faixas do hemisfério norte. No entanto, o clima nos mercados por lá é frio.

Na China, as medidas de estímulo anunciadas nos últimos dias pelo governo e pelo banco central foram consideradas insuficientes pelos participantes do mercado.

Na Europa, a inflação no Reino Unido veio acima do esperado em maio e passou a alimentar temores de que o BoE, como é chamado o banco central da Inglaterra, intensifique a alta de juros.

Não bastasse tudo isso, Jerome Powell presta contas perante o Congresso norte-americano sobre as ações do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Hoje e amanhã.

Tudo isso tende a amarrar os negócios por aqui em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Mas talvez seja só por hoje.

A expectativa é de que a autoridade monetária ao menos sinalize que os juros vão começar a cair logo, o que tende a beneficiar os ativos de risco.

Para ficar por dentro de como essa inversão térmica nas bolsas afeta seus investimentos, acompanhe a cobertura meteoromercadológica do Seu Dinheiro.

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O que você precisa saber hoje

OS PRÉS BRILHAM
Em dia de Copom, Tesouro Direto se antecipa a corte de juros, e títulos têm alta de até 450% do CDI desde a última reunião.
 O Banco Central ainda não deve reduzir a Selic na reunião de hoje, mas títulos públicos já precificam os cortes futuros e têm valorização formidável no ano.

HO HO HO!
A Petrobras (PETR4) virou o Papai Noel dos dividendos? Governo Lula manda recado duro para a estatal.
 Enquanto isso, a petroleira se vê envolvida em uma nova polêmica relacionada à participação na Braskem (BKRM5) e responde aos rumores.

UM NOVO CAMPO DE BATALHA
Gafisa (GFSA3) revela a existência de dois procedimentos arbitrais na disputa contra a Esh Capital.
 Em processos que podem valer até R$ 500 milhões, um dos pedidos partiu da própria companhia e busca responsabilizar a gestora por supostos prejuízos materiais e à imagem da construtora.

CLUBINHO DOS BANCOS
Uma forcinha da Selic: BTG (BPAC11) entra para a lista de preferências do Itaú BBA e pode subir mais 27% este ano.
 Com a perspectiva de queda de juros à frente, o Itaú elevou a recomendação da unit de neutra para compra, com um novo valor justo para o ano de 2023 de R$ 38.

OPERAÇÃO DE BUSCA
Quem é Hamish Harding, o bilionário desaparecido em expedição aos destroços do Titanic — e quem estava com ele no submarino.
 O contato com o submarino de pequeno porte foi perdido cerca de uma hora e 45 minutos após o mergulho no meio do Atlântico no domingo. Novos cálculos mostram que o oxigênio duraria mais 40 horas.

Uma boa quarta-feira para você!