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Inverno cripto ainda pode durar mais um ano, segundo CEO da Coinbase

24 ago 2022, 14:11 - atualizado em 24 ago 2022, 14:11
Coinbase
(Imagem: YouTube/Coinbase)

Em uma entrevista à CNBC nesta terça-feira (23), Brian Armstrong, CEO da Coinbase (COIN), afirma que embora acredite que o Bear Market termine ainda nesse período a maior corretora cripto dos EUA está se preparando para um inverno ainda mais longo.

“Todos esperamos que seja, você sabe, de 12 a 18 meses e uma boa recuperação, mas obviamente você tem que planejar que seja mais do que isso. E é assim que pensamos sobre isso. E não tentamos ser muito fofos ao prever o futuro”, comenta Armstrong à CNBC .

Ainda assim, Armstrong disse que a empresa resistiu a quatro crises do mercado cripto em 10 anos e está preparada para se adaptar até que os dias de alta cheguem.

“Se simplesmente não nos distrairmos e continuarmos construindo ótimos produtos, nos sairemos bem nos próximos cinco ou 10 anos”, disse Armstrong.

A maior parte da receita da empresa está ligada aos volumes de negociação em sua exchange de criptomoedas, mas Armstrong disse que a Coinbase está cada vez mais movendo seus negócios para o que ele chamou de “assinatura e serviços”, o que pode ajudar a trazer mais consistência às finanças da empresa. Assinaturas e serviços agora representam 18% da receita da empresa, disse ele. 

“Eu gostaria de chegar a um lugar onde mais de 50% de nossa receita seja de assinatura e serviços”, disse à CNBC.

A Coinbase (COIN), uma das maiores corretoras cripto dos Estados Unidos, reportou em seu relatório de resultados desse trimestre um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão, em comparação com US$ 1,59 bilhão em lucro líquido no mesmo trimestre do ano passado, de acordo com a carta aos acionistas.

Um dos fatores foi uma taxa de desvalorização não monetária relacionada a posse da empresa de criptomoedas no valor de US$ 377 milhões.

Os próprios ativos em criptomoedas da Coinbase no final de junho valiam US$ 428 milhões, abaixo dos cerca de US$ 1 bilhão no final de março, conforme o relatório.

A empresa também demitiu cerca de 1.100 pessoas , ou 18% de sua força de trabalho, enquanto tentava cortar custos com pessoal em junho.

Embora Armstrong não tenha descartado futuras demissões, ele disse à CNBC que era para ser um evento único.

Apesar da queda dos preços, a empresa anunciou no início deste mês uma parceria com a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, para oferecer a seus clientes institucionais acesso à negociação de criptomoedas por meio de sua plataforma.

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