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‘Invasões de terras produtivas pelo MST são tão danosas quanto ataques ao Congresso’, diz ministro da Agricultura

02 maio 2023, 17:27 - atualizado em 02 maio 2023, 17:27
Carlos Fávaro
A fala do chefe do Mapa expõe a divergência de Fávaro com o ministro do Desenvolvimento Agrário, que não vê relação entre os atos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Em encontro com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) nesta terça-feira (2) o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a comparar as invasões de terra estimuladas pelo Movimento dos Trabalhos Rurais Sem Terra (MST) com os ataques golpistas de 8 de janeiro. O ministro de Lula busca romper resistências do setor agropecuário com a gestão petista.

“O direito por um pedaço de terra é legítimo, um plano nacional de reforma agrário é legítimo dentro do rigor da lei. Tudo o que transpassa o rigor, não tem meu apoio. Considero invasão de terra produtiva tão danosa quanto a invasão do Congresso Nacional”, afirmou Fávaro.

“Se temos que reprimir os atos de invasão do dia 8 de janeiro, temos que reprimir as invasões de terras. Isso é inconcebível”, disse o ministro.

A fala mais uma vez expõe a divergência do chefe da pasta com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que disse não ver relação entre os dois eventos.

Ainda durante o encontro, o ministro contou aos parlamentares que o presidente Lula afirmou que “ninguém tem direito de tomar a terra de ninguém”.

Invasões pelo MST

As invasões deflagradas pelo MST desde o início do ano se intensificaram no governo Lula, em especial no chamado “Abril Vermelho”, ofensiva que incluiu ações em diversas propriedades – incluindo terras produtivas e áreas da Embrapa.

Ocupações de sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aumentaram a tensão entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e setores do agronegócio.

O governo aceitou uma série de demandas do movimento e substituiu superintendentes regionais do Incra.

A FPA coordenou uma contraofensiva ao MST, ajudando na criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do movimento, lida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e pretende reforçar com uma equipe para investigar o grupo dos sem terra.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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