Interesse em criptomoedas e renda fixa aumenta em meio à queda do Ibovespa
Diante da queda do Ibovespa (IBOV), o interesse pela renda variável ficou em patamares baixos novembro, segundo pesquisa feita pela XP Investimentos com seus assessores e assessores de escritórios autônomos filiados à corretora.
De acordo com a pesquisa, no mês o percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em renda variável recuou em nove pontos percentuais, mas ainda ficou no patamar de 49%.
No período, apenas 11% dos investidores disseram que pretendem aumentar seus investimentos nessa classe de ativos, aumento de um ponto percentual em relação ao mês anterior. Segundo a pesquisa, o baixo interesse pela renda variável se deve pelo fato desse tipo de investimento continuar em queda.
No último mês, o principal índice da bolsa brasileira, por exemplo, caiu quase 5%, acumulando uma desvalorização de cerca de 15% desde o início de 2021.
Ainda conforme a XP, 49% do investimentos dos clientes dos assessores consultados encontram-se abaixo da média histórica, um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao mês anterior e a maior alta da série histórica.
As alocações em renda variável acima da média histórica caíram para 10% dos clientes de varejo, o que constitui o menor valor desde o início da pesquisa realizada pela XP.
Renda fixa e criptomoedas no radar
A pesquisa mostra que o interesse pelos investimentos em renda fixa e internacionais continua alto. As criptomoedas tiveram o maior aumento de interesse no mês, em três pontos percentuais.
As classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados, além de renda variável, foram:
- Tesouro direto e renda fixa (75%, +1p.p);
- Investimentos internacionais (62%, -6p.p.);
- Fundos de renda fixa (48%, -2p.p.);
- Criptoativos (43%, +3p.p);
- Fundos imobiliários (26%, -6p.p.);
- Fundos multimercado (16%, -3p.p.);
- Fundos de renda variável (11%, +1p.p.);
- Ouro (4%, -4p.p.).
Segundo a XP, o destaque para Tesouro Direto, renda fixa e investimentos internacionais pode ser explicado pelo aumento da taxa Selic e pela queda na Bolsa.