Ibovespa

Interesse em criptomoedas e renda fixa aumenta em meio à queda do Ibovespa

30 nov 2021, 15:48 - atualizado em 30 nov 2021, 15:48
Criptomoedas tiveram o maior aumento de interesse em novembro, de acordo com pesquisa da XP (Imagem: Tick-Tock/Getty Images)

Diante da queda do Ibovespa (IBOV), o interesse pela renda variável ficou em patamares baixos novembro, segundo pesquisa feita pela XP Investimentos com seus assessores e assessores de escritórios autônomos filiados à corretora.

De acordo com a pesquisa, no mês o percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em renda variável recuou em nove pontos percentuais, mas ainda ficou no patamar de 49%.

No período, apenas 11% dos investidores disseram que pretendem aumentar seus investimentos nessa classe de ativos, aumento de um ponto percentual em relação ao mês anterior. Segundo a pesquisa, o baixo interesse pela renda variável se deve pelo fato desse tipo de investimento continuar em queda.

No último mês, o principal índice da bolsa brasileira, por exemplo, caiu quase 5%, acumulando uma desvalorização de cerca de 15% desde o início de 2021.

Ainda conforme a XP, 49% do investimentos dos clientes dos assessores consultados encontram-se abaixo da média histórica, um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao mês anterior e a maior alta da série histórica.

As alocações em renda variável acima da média histórica caíram para 10% dos clientes de varejo, o que constitui o menor valor desde o início da pesquisa realizada pela XP.

Renda fixa e criptomoedas no radar

A pesquisa mostra que o interesse pelos investimentos em renda fixa e internacionais continua alto. As criptomoedas tiveram o maior aumento de interesse no mês, em três pontos percentuais.

As classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados, além de renda variável, foram:

  • Tesouro direto e renda fixa (75%, +1p.p);
  • Investimentos internacionais (62%, -6p.p.);
  • Fundos de renda fixa (48%, -2p.p.);
  • Criptoativos (43%, +3p.p);
  • Fundos imobiliários  (26%, -6p.p.);
  • Fundos multimercado (16%, -3p.p.);
  • Fundos de renda variável (11%, +1p.p.);
  • Ouro (4%, -4p.p.).

Segundo a XP, o destaque para Tesouro Direto, renda fixa e investimentos internacionais pode ser explicado pelo aumento da taxa Selic e pela queda na Bolsa.

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