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Intercement fará IPO de até US$ 1 bilhão no Brasil

27 abr 2021, 17:52 - atualizado em 27 abr 2021, 17:52
As decisões estão em andamento e não há certeza de que resultarão em uma listagem, de acordo com as pessoas (Imagem: Site/Intercement)

A InterCement contratou bancos para uma oferta pública inicial de ações (IPO) dos seus negócios no Brasil, que tem como objetivo levantar de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, segundo pessoas a par do assunto.

A fabricante de cimento está trabalhando com o Banco Bradesco BBI, o Banco Itaú BBA, o UBS BB Investment Bank, o JPMorgan Chase e o Bank of America em um potencial IPO na B3 (B3SA3), disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as informações não são públicas.

A InterCement levantou a possibilidade de um IPO de suas operações no Brasil em seu relatório de resultados do quarto trimestre de 2020, dizendo na época que manteria o controle da unidade.

As decisões estão em andamento e não há certeza de que resultarão em uma listagem, de acordo com as pessoas.

O IPO faria parte do esforço para a reestruturação da dívida da InterCement (Imagem: Youtube/ Intercement)

Um representante da InterCement não quis comentar. Representantes do Banco Itaú, do Bank of America, do JPMorgan e do Bradesco e do UBS BB não quiseram comentar.

O IPO faria parte do esforço para a reestruturação da dívida da InterCement, que no ano passado adiou os pagamentos de US$ 900 milhões em empréstimos até 2023, de acordo com um relatório da Fitch Ratings.

Também coincidiria com a recuperação das vendas de cimento, já que as taxas de juros historicamente baixas e o aumento nas reformas de residências durante o isolamento na pandemia têm alimentado o setor de construção. No período de 12 meses até março, foram comercializadas 62,9 milhões de toneladas de cimento no país, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

Outra empresa que busca aproveitar o crescimento do setor é a LafargeHolcim, a maior fabricante de cimento do mundo. A empresa franco-suíça contratou o Banco Itaú para a venda de sua unidade brasileira, que pode ser avaliada em até US$ 1,5 bilhão, informou a Bloomberg News na semana passada.

A CSN (CSNA3), por sua vez, também está considerando uma listagem de sua unidade de cimento.