Intercement fará IPO de até US$ 1 bilhão no Brasil
A InterCement contratou bancos para uma oferta pública inicial de ações (IPO) dos seus negócios no Brasil, que tem como objetivo levantar de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, segundo pessoas a par do assunto.
A fabricante de cimento está trabalhando com o Banco Bradesco BBI, o Banco Itaú BBA, o UBS BB Investment Bank, o JPMorgan Chase e o Bank of America em um potencial IPO na B3 (B3SA3), disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as informações não são públicas.
A InterCement levantou a possibilidade de um IPO de suas operações no Brasil em seu relatório de resultados do quarto trimestre de 2020, dizendo na época que manteria o controle da unidade.
As decisões estão em andamento e não há certeza de que resultarão em uma listagem, de acordo com as pessoas.
Um representante da InterCement não quis comentar. Representantes do Banco Itaú, do Bank of America, do JPMorgan e do Bradesco e do UBS BB não quiseram comentar.
O IPO faria parte do esforço para a reestruturação da dívida da InterCement, que no ano passado adiou os pagamentos de US$ 900 milhões em empréstimos até 2023, de acordo com um relatório da Fitch Ratings.
Também coincidiria com a recuperação das vendas de cimento, já que as taxas de juros historicamente baixas e o aumento nas reformas de residências durante o isolamento na pandemia têm alimentado o setor de construção. No período de 12 meses até março, foram comercializadas 62,9 milhões de toneladas de cimento no país, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Outra empresa que busca aproveitar o crescimento do setor é a LafargeHolcim, a maior fabricante de cimento do mundo. A empresa franco-suíça contratou o Banco Itaú para a venda de sua unidade brasileira, que pode ser avaliada em até US$ 1,5 bilhão, informou a Bloomberg News na semana passada.
A CSN (CSNA3), por sua vez, também está considerando uma listagem de sua unidade de cimento.