Comprar ou vender?

Inter pode chegar a 4 milhões de clientes ainda em 2019, avalia BTG

02 set 2019, 12:37 - atualizado em 02 set 2019, 12:37
Para o BTG Pactual, os executivos do Inter estão mais confiantes que o resultado do trabalho feito é “diferente e disruptivo”

O Inter (BIDI11) pode conquistar 1 milhão de clientes a mais até o final do ano e chegar a 4 milhões, estima o BTG Pactual em um relatório publicado após o banco ter superado a marca de 3 milhões.

“O ritmo de captação mantém-se forte e, caso mantido, poderá chegar a 4 milhões de clientes ativos no final de 2019”, ressaltam os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo.

Para o BTG Pactual, os executivos estão mais confiantes que o resultado do trabalho feito é “diferente e disruptivo”. “Definitivamente estamos mais confiantes na tese de investimento do que quando encontramos a diretoria executiva um ano atrás”, aponta o relatório.

Como decorrência, os analistas elevaram o preço-alvo para as units, de R$ 47,00 para R$ 74,00 – renovando a recomendação de compra. Caso atinja em doze meses o valor projetado, o potencial de valorização chega a 21%.

Grupo dos relevantes

Durante encontro com o CFO Alexandre Riccio e a diretora de RI Helena Caldeira, a diretoria executiva destacou que provavelmente deverão existir somente de dois a cinco bancos digitais relevantes, e o Inter quer estar neste grupo.

Para o BTG Pactual, o Inter foi capaz de capturar clientes de novos espectros. Agora, a direção já assume a ideia de gastar mais na conquista de clientes com o objetivo de  atrair consumidores com maior valor de longo prazo.

Cartões e empréstimos

Em relação à divisão de cartões e as perspectivas de crescimento, os analistas destacam que a parceria estratégica com o Softbank permitirá que o Inter passe a oferecer taxas menores para construir vantagens competitivas com o canal digital.

O grupo japonês comprou uma participação de 8,1% na instituição no início de agosto, desembolsando R$ 760 milhões por 19 milhões de units ofertadas no final de julho.

“O potencial do segmento de crédito é enorme. Caso o Banco Inter encerre este ano com 4 milhões de clientes, seria equivalente a um market share de aproximadamente 3%, contra participação de mercado de somente 0,3% na divisão de crédito”, avaliam os analistas.

Por sua vez, o setor de empréstimos deverá ter melhor margem de atuação, pela junção de maior propensão ao risco pela diretoria na tomada de risco e pela contratação de Rogério Goulart para liderar a divisão, executivo com mais de 20 anos de experiência no setor.

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