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Inter (INTR) já subiu 27% no ano, mas pode muito mais, diz Itaú BBA; veja potencial

13 fev 2025, 13:14 - atualizado em 13 fev 2025, 13:14
Inter
(Imagem: Divulgação)

Depois de um 2024 difícil, com queda de 30%, o Inter (INTRINBR32) dá sinais que terá um ano mais tranquilo. Até o momento, a ação sobe 27%, acima dos bancos tradicionais, como Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), e em linha com o seu principal concorrente, o Nubank (ROXO34), que também sobe 27%.

Para o Itaú BBA, no entanto, isso é só o começo. A corretora reafirmou recomendação de compra para o banco, com preço-alvo de US$ 7,4, o que abriria potencial de alta de 38% ante o último fechamento.

Na visão dos analistas liderados por Pedro Leduc, a fintech reportou resultados sólidos em 2024. E melhor do que isso, a perspectiva é boa para o próximo ano.

Em 2024, o lucro líquido foi de R$ 973 milhões, três vezes maior do que em 2023 e recorde para a companhia, levando os ROEs (retorno sobre o patrimônio) a dois dígitos pela primeira vez.

O ano também foi marcado por expansão de 30% no saldo de crédito, 80 bps (pontos-base) na margem de juros líquida (NIMs) ajustados ao risco e melhor eficiência, mesmo com investimentos em pessoal e consolidação da Granito, sua empresa de maquininhas.

Para 2025, é esperado que o Inter sustente o crescimento de crédito de 25%, com mais expansões de NIMs ajustados ao risco e ganhos de eficiência (4 pp).

“Apesar dos desafios macro, o Inter ainda está apertando os parafusos e ainda é pequeno o suficiente para crescer seletivamente”.

O Itaú prevê crescimento de 50% nos lucros, elevando o ROE para 15% até 2025 e reduzindo o risco da história de longo prazo.

“Negociando a 8x o preço sobre o lucro com um CAGR (que mede a taxa de rentabilidade de um investimento) de EPS de 38% de 2024 a 2027, vemos o Inter como o melhor risco-recompensa entre bancos digitais”.

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Inter: Espaço para crescer tem

No documento, o Itaú BBA espera que o Inter continue expandindo os portfólios de crédito em 27% em 2025 para R$ 52 bilhões, impulsionado principalmente por cartões de crédito e produtos imobiliários (hipotecas e home equity).

Ademais, o banco também pode se aproveitar do novo projeto de folha de pagamento digital. Outras iniciativas incluem subscrição de cartão de crédito e a vertical de financiamento ao consumidor.

“O Inter tem apenas 4 milhões de usuários ativos de cartão de crédito ante 21 milhões de clientes ativos (penetração de 21% contra 45% para o Nubank), uma baixa participação em comparação com 220 milhões de cartões totais ativos no país”.

E não precisa ir muito longe para obter mais negócios com cartão, diz o Itaú. Os dados mostram que os clientes de cartão do Inter têm 6 vezes mais saldo de cartão com outros bancos.

“No geral, a baixa penetração de crédito e o maior ponto de partida para o mix de crédito garantido (70% do total) devem permitir que o Inter cresça com qualidade de crédito equilibrada, apesar dos ventos contrários macroeconômicos que estão por vir”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.