Inter (INTR) faz layoff ‘silencioso’ e demite 150 funcionários
Atualização 15h09. Banco Inter (INTR;INBR32) faz o desligamento de 100 funcionários na sua operação brasileira. A informação está sendo espalhada por colaboradores nas redes sociais nesta manhã.
Para muitos, o anúncio veio como uma surpresa, gerando uma onda de comentários críticos. Isso, porque a medida parece ter afetado funcionários que vinham recebendo elogios sobre o desempenho deles no trabalho.
“Apesar dos contínuos feedbacks positivos, ontem, para a minha surpresa, me despedi do Inter e dos meu colegas de trabalho que me acompanharam nesses últimos dois anos”, comentou um dos afetados pelo corte.
Ainda de acordo com os ex-colaboradores, essa foi a maior das rodadas de cortes, que antes vinham ocorrendo de forma faseada.
O layoff no Banco Inter se soma à tendência de demissões que atingem fintechs e unicórnios do Brasil nos últimos meses, como o Banco Neon e o iFood.
A redução no quadro de pessoal representa aproximadamente 2% da força total de trabalho, que possui aproximadamente 4,8 mil funcionários.
Em nota, o Banco Inter diz: “O Inter realizou ajustes no quadro de colaboradores, priorizando alguns projetos e adequando a estrutura organizacional para cumprir o planejamento estratégico previsto para os próximos anos. O Inter agradece e destaca o papel de cada colaborador na construção da história da empresa. A Companhia segue realizando contratações alinhadas com o crescimento e a expansão do negócio.“
Demissões no Inter ocorrem um dia após balanço de fintech
A fintech reportou resultados no primeiro trimestre nesta última terça-feira (10), trazendo foco no controle de gastos, sobretudo, da parte de despesas de pessoal.
O Inter reportou lucro de R$ 28,8 milhões, equivalente a um ROE (retorno sobre o patrimônio) trimestral de 1,4%, mas que denota uma queda de 16% em relação ao lucro obtido no último trimestre de 2022; a receita bruta alcançou a R$ 1,8 bilhão e a base de clientes ativos ultrapassou a marca dos 26,3 milhões.
O banco promoveu um freio ao crescimento de crédito, sinalizando maior ênfase em produtos menos arriscados, como consignado e imobiliário. O BB Investimentos também destaca nos resultados trimestrais o enxugamento do quadro de funcionários ajudou no controle das despesas da fintech.
A empresa tenta coibir o avanço da inadimplência, que marcou a expansão da sua carteira de crédito após a pandemia e tem prejudicado os índices de eficiência do banco.