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Inter (INBR31) está perto de virar, afirma Itaú BBA; é hora de comprar as ações?

14 set 2022, 15:48 - atualizado em 14 set 2022, 15:58
Banco Inter
Inter em ponto de inflexão: Banco deve sair do momento de equilíbrio no 3T22 (Imagem: Facebook/ Banco Inter)

Inter (INBR31) deve ter seu último momento de equilíbrio (“breakeven“) quando custos e despesas operacionais se igualam à receita — no resultado do terceiro trimestre deste ano, antes de se transformarem em lucro, afirma o Itaú BBA.

De acordo com os analistas, o banco está puxando importantes alavancas de receita e custo para trazer lucratividade, a fim de provar seu modelo e autofinanciar o crescimento futuro. O BBA prevê um lucro líquido de R$ 400 milhões para o Inter em 2023.

“Gostamos de sua combinação única de crédito diversificado e fluxos de receita, grande base de depósitos e ampla posição de capital”, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.

Os analistas ressaltam que banco continua sendo o favorito do segmento digital e uma das principais opções de crescimento de finanças do Brasil.

O BBA tem recomendação de “outperform” (desempenho melhor do que a média do mercado) para as ações e vê valor justo de R$ 45 para o BDR do Inter.

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Alavancas para os lucros

O Inter tem historicamente funcionado no ponto de equilíbrio, avaliam Leduc, Raffaelli e Barranjard, do BBA. “Os fluxos de lucro são direcionados para investimentos de crescimento, incluindo marketing, pessoal, rendimentos generosos em depósitos de clientes e taxas abaixo do mercado em produtos de crédito”, afirmam.

No entanto, os analistas avaliam que as interações gerenciais recentes do banco sugerem que ele está testando elasticidades em receitas e custos. “A ideia é continuar crescendo, mas também mostrar que clientes e produtos podem trazer lucros”, completam.

Outro ponto importante para os analistas é o cartão de crédito. Um desafio para todos os bancos digitais tem sido monetizar e crescer por meio de produtos de crédito limpo, mas sem ver os créditos não produtivos (NPLs) aumentarem.

“À medida que a tempestade perfeita se desenrola para os NPLs de cartão de crédito, o Inter está se saindo relativamente bem. Atribuímos isso ao lançamento mais seletivo de cartões de crédito, melhor perfil de clientes e ecossistema completo de serviços financeiros”, afirmam.

Com os padrões de originação mais rígidos, os analistas esperam ver NPLs de cartões estáveis ​​no segundo semestre de 2022 e uma retomada do crescimento da carteira de cartões em 2023.

Além disso, dizem, o Inter tirou a prioridade das operações de fusões e aquisições. Segundo o BBA, antes o banco era um ativo altamente estratégico, pois abriu suas portas para parceiros que agregaram valor á empresa.

No entanto os analistas acreditam que esta tendência tenha perdido vapor, e que a empresa provavelmente se concentrará em entregas e capacidades internas, sem a necessidade de fusões e aquisições.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.