Ibovespa

Inter diz que Ibovespa está “muito barato para ignorar” e projeta índice aos 140.200 mil pontos no final de 2025

07 mar 2025, 19:54 - atualizado em 07 mar 2025, 19:54
dividendos
O Inter avalia que os mercados emergentes voltaram ao radar dos investidores gringos com incertezas sobre Trump; Ibovespa pode subir mais 12% até o final do ano (Imagem: MariuszBlach/Getty Images)

O Inter atualizou a projeção do Ibovespa (IBOV) e agora estima o principal índice da bolsa brasileira em 140.200 pontos no final de 2025.

A considerar o fechamento desta sexta-feira (7), aos 125.034 pontos, o banco prevê um salto de um pouco mais de 12% nos próximos nove meses

Apesar do potencial, a expectativa é menor do que a projeção anterior, de 143.200 pontos, divulgada em novembro do ano passado. “O cenário até então era de expectativas quanto ao anúncio do pacote fiscal”, afirma o analista Matheus Amaral, em relatório. 

A revisão para baixo é justificada por um “clima agridoce” nos ativos brasileiros neste momento, na visão do banco. Um dos motivos é o rumo das contas públicas. 

“O mercado já está desacreditado em um ajuste que resolva os problemas ainda neste governo. Fato que tem feito não só o investidor institucional mas o individual seguirem o fluxo vendido na bolsa”, diz o relatório. 

Além disso, a bolsa brasileira já tem antecipado as eleições de 2026. “Seja nomes do lado A ou lado B estaremos diante de um mercado com elevada volatilidade em torno do tema”, afirma o analista. 

Bolsa brasileira ‘muito barata para ignorar’

Na avaliação do Inter, as incertezas sobre as políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm incomodado o mercado — que já está precificando os riscos da pressão inflacionária gerada pelas tarifas de importação a vários países, entre eles, China, Canadá e México. 

“Com o investidor estrangeiro preocupado com o valuation da bolsa americana, com a inflação e guerra comercial, ele passou a olhar para o que ficou para trás não só nos EUA, mas também para fora dos EUA”, afirma Amaral. 

Segundo ele, esse movimento fez com que os mercados emergentes, como o Brasil, voltassem a ficar novamente atrativos. “Hoje somos uma das bolsas mais baratas do mundo e novamente ficamos baratos demais para ignorar”, diz o analista. 

Hoje, nas contas do Inter, o Ibovespa está sendo negociado a 7 vezes o preço sobre o lucro (P/L) — métrica que compara o preço e o lucro das ações que compõem o índice, em uma relação em que quanto menor o P/L, mais baratas estão as ações.

A nova projeção estima o índice negociado a 7,5 vezes P/L. A média histórica do Ibovespa nos últimos dez anos é de 11 vezes P/L. 

“O fato de considerarmos a bolsa brasileira bastante barata frente a pares internacionais, não retira os riscos da balança, o que faz o investidor ainda não pagar mais que 10, 9 ou mesmo 8x os lucros das companhias do nosso índice”, diz o relatório. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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