Inter (BIDI11): Por que a empresa tenta listar ações na Nasdaq pela 2ª vez

O banco Inter (BIDI11) ajuda a movimentar as negociações do pregão desta segunda-feira (18) após anunciar que, pela segunda vez, tentará listar seus papéis na Nasdaq.

O movimento faz parte da tentativa da empresa de se tornar uma companhia “global”, com múltiplos maiores, ao mesmo tempo em que segue sob o controle da família Menin.

No final de 2021, o Inter tentou listar suas ações nos EUA, mas o processo foi cancelado. À época, a companhia oferecia opção de saque aos acionistas (a R$ 45,84 por unit), limitado a R$ 2 bilhões.

No entanto, a demanda pela opção de saque ultrapassou o limite imposto pelo Inter, obrigando a empresa a cancelar a oferta.

Agora, a companhia definiu o valor do saque em até R$ 1,1 bilhão.

Além disso, se houver mais investidores demandando a opção de saque, a migração continuará e essa opção será rateada entre os acionistas que a exigirem.

O preço de saque foi definido em R$ 38,70 para cada 6 ações da Inter, – R$ 19,35 por unit. Somente o acionista que detiver ações da Inter em 15 de abril de 2022 terá direito à opção de saque.

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Como será o Inter nos EUA

As ações do Inter serão listadas nos EUA (com BDRs no Brasil), ao final do processo de reestruturação societária. Os acionistas do banco terão ações da Inter&Co (a serem listadas na Nasdaq).

O novo veículo terá duas classes de ações: classe A, com 1 voto por ação; e classe B, com 10 votos por ação (de propriedade apenas dos acionistas controladores).

Os atuais acionistas minoritários encerrarão a reestruturação societária com ações classe A (ou BDRs das ações classe A).

Nesta segunda, os papéis do Inter negociados na B3 subiam 6,4%, a R$ 17,59 – acumulando, no entanto, uma baixa de mais de 70% nos últimos 12 meses, diante da escalada dos juros.

O UBS BB segue com recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 42, segundo relatório desta segunda, assinado por Thiago Batista e equipe.

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