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Inter (BIDI11): BofA corta preço-alvo para R$ 36, mas vê como ‘excessivo’ o desconto da ação

14 mar 2022, 14:57 - atualizado em 14 mar 2022, 14:57
Inter BIDI11
Recomendação de compra para Inter foi mantida (Imagem: Divulgação/Inter)

O Bank of America (BofA) cortou o preço-alvo das units do Inter (BIDI11) de R$ 60 para R$ 36, incluindo em suas estimativas um cenário macroeconômico mais volátil em 2022 e 2023.

O banco manteve, no entanto, a recomendação de compra. Além do potencial de valorização atrativo, a companhia é negociada a múltiplos históricos baixos, avaliam os analistas.

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Descontado

O BofA destaca que o Inter está com um desconto significativo e excessivo para seu par principal, o Nubank (NU) (US$ 180 por cliente versus US$ 560).

O banco lembra que o Inter já gera uma ARPAC (receita média mensal por cliente ativo) superior à do roxinho (R$ 412 ante R$ R$ 363).

“Adicionalmente, assumindo um lifetime value (LTV) de US$ 150, estimamos que o valuation atual do Inter reflete uma base de clientes de 20 milhões, o que é 20% acima do quarto trimestre de 2021 e está em linha com nossa estimativa para o segundo trimestre de 2022″, afirma o BofA.

“Em comparação, assumindo o mesmo LTV para o Nubank, seu valuation atual sugere uma base de cliente de 200 milhões, 274% acima de 2021”, completa.

Mitigando preocupações

Uma das principais preocupações dos investidores em relação ao Inter é a qualidade de seus ativos.

O BofA lembra, no entanto, que a maior parte da carteira de crédito da companhia (74%) é formada por NPLs (créditos não produtivos), o que deve ajudar a manter a inadimplência controlada durante o cenário macro desafiador.

“Mais que isso, a administração reduziu o apetite por risco de cartão de crédito desde novembro de 2021, um movimento defensivo”, complementa o banco.

O BofA acredita que o Inter deve entregar um crescimento de 65% na receita em 2022 e de 41% em 2023. O desempenho positivo deve vir principalmente da expansão da base de clientes e de oportunidades de vendas cruzadas e upsell (oferta de um produto ou serviço mais completo a fim de aumentar o ticket médio do cliente).

A expectativa é de que o Inter Shop, marketplace da companhia, cresça 115% em 2022, suportado por um take rate maior e melhor recorrência.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.