Inteligências Artificiais já são 1.000 vezes mais inteligentes que humanos, diz o ‘padrinho da IA’
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As novas inteligências artificiais já são 1.000 vezes mais inteligentes do que os humanos, na avaliação de Geoffrey Hinton, cientista da computação conhecido como “padrinho da IA”, conforme noticiou a Folha de S. Paulo.
Hinton deixou o Google em 1º de maio, onde trabalhava com desenvolvimento de IA, para poder falar abertamente sobre suas preocupações acerca do tema.
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No evento EmTech Digital, que ocorreu na última terça-feira (2), o cientista falou sobre o futuro da inteligência artificial e afirmou que o risco da IA assumir o controle da sociedade é real.
Para ele, modelos de IA como o ChatGPT têm acesso a conhecimento básico sobre qualquer assunto, dessa forma, 1.000 vezes mais inteligentes do que humanos.
Por que inteligências artificiais são mais inteligentes
Em 1980, Hinton desenvolveu o algoritmo por trás das redes neurais, o backpropagation, ou propagação reversa, em português.
Este sistema permite o aprendizado por meio de exemplos, através do que é chamado de treinamentos. Para a elaboração, o cientista buscou simular o funcionamento dos neurônios e ligações do cérebro humano.
No entanto, atualmente, Hinton avalia que o cérebro humano não funciona com propagação reversa. “O algoritmo que criamos nos anos 1980 é mais eficiente do que o cérebro. Os atuais grandes modelos de linguagem conseguem saber mais do que uma pessoa, com muito menos ligações.”
Inteligências artificiais atuais, como o GPT-4, disponível na versão paga do ChatGPT , têm menos que 1 trilhão de ligações, enquanto o cérebro humano conta com 10 trilhões, a partir de 100 bilhões de neurônios, explica.
Ainda, Hinton afirma que IAs podem evoluir para a capacidade de inovar como os seres humanos, algo que não fazem atualmente.
“A inteligência artificial vai evoluir ainda mais quando aprender a desmembrar processos. Daí, a tecnologia pode aprender que ter responsabilidade acelera a conclusão da tarefa. Isso pode ensejar um viés pelo controle”, avalia como um dos riscos.