Inteligência artificial realmente traz riscos para o mercado de trabalho? Para o vencedor do Nobel, a resposta é não
O avanço da tecnologia levanta questões sobre o risco que a inteligência artificial (IA) apresenta para o mercado de trabalho e se as carreiras serão realmente substituídas por máquinas.
Christopher Pissarides, economista vencedor do Prêmio Nobel de 2010 e professor da London School of Economics, acredita que este cenário não deve acontecer. Para Pissarides, existe uma possibilidade de se adaptar com rapidez suficiente aos chatbots apoiados pela IA, como o ChatGPT.
Durante uma conferência em Glasgow, o economista disse que está muito otimista de que, com os avanços tecnológicos, será possível aumentar a produtividade no mercado. Para Pissarides, a tecnologia pode eliminar muitas “coisas chatas” do trabalho, deixando apenas as coisas interessantes para os seres humanos fazerem.
Para o vencedor do Prêmio Nobel, a transição para os trabalhadores será menos dolorosa com a adoção mais lenta pelas empresas, apesar de a tecnologia se mover rapidamente.
Pissarides também destacou que, com as IAs, seria possível aumentar o bem-estar geral no trabalho e ter mais lazer. Para ele, com o ChatGPT, seria possível adotar facilmente uma semana de quatro dias.
Inteligência Artificial: Profissões em risco?
O especialista em IA, André Cia, conduziu um experimento utilizando o ChatGPT, onde o objetivo era coletar informações sobre quais profissões poderiam ser substituídas pela inteligência artificial. As 10 primeiras ocupações em risco são:
- Tradutor;
- Redator;
- Revisor de textos;
- Assistente virtual;
- Analista de dados;
- Tutor com habilidades em ensinar e esclarecer dúvidas sobre diversos temas;
- Atendente de telemarketing;
- Suporte técnico;
- Pesquisador;
- Planejador de eventos.
*Com Exame