Inteligência artificial e finanças: Como a tecnologia pode garantir melhores resultados?
A inteligência artificial e os avanços da tecnologia podem oferecer grandes retornos para os setores tributários e bancários, segundo a empresa de consultoria empresarial americana McKinsey.
Conforme a companhia, até 2030, espera-se a consolidação e geração de US$ 13 trilhões em termos globais ao redor da tecnologia. Dessa fatia, ainda segundo a consultoria, ambos os setores mencionados ocupam boa parte.
De 500 profissionais ligados a serviços financeiros, quase metade acredita que a inteligência artificial ajuda a aumentar a receita anual da organização em pelo menos 10%. As informações vieram do estudo “State of AI in Financial Services: 2023 Trends”, da Nvidia (NVDC34), que definiu as prioridades da indústria financeira com o uso de IA.
Os entrevistados também sinalizaram melhorias em operações, com 46% destacando a experiência do cliente, 35% as eficiências operacionais e 20% a redução de custo total de propriedade.
Além disso, o levantamento ainda apurou que uma das descobertas para ficar olho nos próximos anos é a computação em nuvem.
Vinícius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, explica que a nuvem permite o acesso à distância de softwares, arquivos e processamento de dados através da internet, que também pode ser aplicada nos setores. “É uma maneira de reduzir custos e otimizar o desempenho, por conta da portabilidade de dados e padronizações possíveis”.
Inteligência artificial no dia a dia
O CEO da provedora de TI e transformação digital destaca que os profissionais da área tributária e dos bancos podem oferecer maior eficiência, precisão e satisfação ao cliente a partir da aplicação da IA no dia a dia.
Gallafrio avalia que os setores podem se tornar mais competitivos, fornecendo panoramas sobre o comportamento e preferências dos clientes – o que leva a um aperfeiçoamento na personalização de serviços.
Outro ponto destacado pelo executivo é a automação de processos manuais, porque os esforços dos colaboradores podem ser direcionados em tarefas melhores, como planejamento estratégico e desenvolvimento de novidades.
No setor tributário, Gallafrio diz que um exemplo de como a IA pode ser utilizada é em relação a conformidade fiscal.
“Com as mudanças nas normas, é necessário estar bem atento para não errar ou demorar demais nos processos tradicionais. Com a tecnologia, ferramentas como software de conformidade fiscal, alimentado por IA, podem simplificar, garantindo dados com precisão e rapidez”.
Nos bancos, a inteligência chega para facilitar o gerenciamento, com automatização de processos contábeis e insights em tempo real da saúde das finanças.
“Um software pode analisar dados para identificar benefícios fiscais e deduções que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. O impacto é direto no gerenciamento de riscos”, diz.
E completa pontuando que os algoritmos trabalham rapidamente para identificar possíveis riscos, permitindo que tomem medidas antes que se transformem em grandes problemas.