Intelbras (INTB3): Para Itaú BBA, a ação ‘está muito barata’ para ignorar

Com os resultados acima do esperado no quatro trimestre de 2024 (4T24), o Itaú BBA voltou as atenções para os papéis da Intelbras (INTB3).
O banco mantém a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 18 — o que representa um potencial de valorização de 44,1% sobre o preço de fechamento da última quinta-feira (6).
Para a analista Maria Infantozzi, do Itaú BBA, a ação “está muito barata” para ignorar, considerando o resultado sólido do 4T24.
Mesmo com tendências mais fracas para o primeiro trimestre de 2025, Infantozzi continua vendo uma assimetria positiva de risco-recompensa para a Intelbras neste ano.
“Acreditamos que os principais ventos contrários da história relacionados ao câmbio e às interrupções na cadeia de suprimentos estão diminuindo, com melhores tendências de margem bruta e fluxo de caixa à frente”, escreveu a analista em relatório.
“Isso, combinado com as sólidas perspectivas de crescimento, estrutura de capital saudável, rendimento de FCFE (Fluxo de Caixa Livre para o Acionista) de 12% leva-nos a crer que os níveis de preços atuais são um bom ponto de entrada para a INTB3”, acrescentou.
Nesta sexta-feira (7), as ações da companhia operam em alta na B3. INTB3 subiu 2,96%, a R$ 12,86. No ano, os papéis acumulam ganhos de 2,88%.
Os números do 4T24
Em 26 de fevereiro, a Intelbras reportou lucro líquido de R$ 127,5 milhões no 4T24, uma queda de 15% na comparação anual.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu 5,8% entre outubro e dezembro, na comparação com o mesmo período de 2023, totalizando R$ 165,3 milhões. O resultado ficou acima do consenso.
Em reação, as ações da companhia subiram cerca de 5% no dia seguinte à divulgação dos resultados.
Para o Itaú BBA, as tendências de lucratividade foram o principal destaque, atribuídas à estratégia da empresa de repassar os impactos da depreciação do real (BRL) no segundo semestre de 2024 para o consumidor final e às tendências favoráveis do câmbio no primeiro trimestre de 2025 (1T25).
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O que esperar de Intelbras?
O banco revisou as estimativas da Intelbras na expectativa de vendas mais fracas no primeiro trimestre deste ano (1T25), em meio a ‘ventos’ contrários relacionados à mudança de ERP e uma desaceleração esperada na atividade macroeconômica no segundo semestre de 2025 (2S25).
Além da expectativa de 1T25 mais fraco, o banco prevê uma recuperação parcial das vendas perdidas nos trimestres seguintes — resultando em uma revisão para baixo de 1% na receita para R$ 6 bilhões no final do ano.
Por outro lado, a valorização recente do real deve impulsionar a margem bruta para 30,2% em 2025 e 30,6% em 2026.
Já o lucro líquido é estimado em R$ 560 milhões neste ano e de R$ 687 milhões no próximo ano.
“Esperamos uma melhoria gradual no ciclo de conversão de caixa à frente, ganhando mais tração no 2S25”, diz o relatório.