Educação

Instituições privadas de ensino devem buscar qualidade, afirma Semesp

08 maio 2019, 17:27 - atualizado em 08 maio 2019, 17:27
Busca por melhorias na qualidade deve ser um norte para as instituições, além de trazer reflexos práticos para a vida do estudante, disse diretor executivo do Semesp (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

Para atrair e manter estudantes, o ensino superior privado brasileiro deve investir em qualidade. Em busca de experiências que possam ser replicadas no Brasil, reitores e representantes de instituições brasileiras percorrem institutos e escolas na Índia e em Singapura desde o início do mês. Participante da missão brasileira, o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, afirma que é possível perceber as inovações durante as visitas. O Semesp é a entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

“Hoje o mundo vive um momento de revolução no modelo de aprendizagem, tanto no ensino básico quanto no superior. Cada instituição, cada centro de pesquisa, está estudando, implementando metodologias novas e a gente consegue ver isso.”

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Na avaliação dele, a busca por melhorias na qualidade deve ser um norte para as instituições, além de trazer reflexos práticos para a vida do estudante.

“A qualidade da instituição faz toda a diferença. Porque assim, os estudantes vão conseguir emprego, vão conseguir ascender profissionalmente, vão conseguir, inclusive, se tiverem financiado os estudos, pagar por esse financiamento”, diz.

Desafios

Em entrevista à Agência Brasil, Capelato destacou que um dos principais desafios do ensino superior brasileiro é encontrar formas de financiamento para os estudantes.

“O grande desafio hoje é que não há quase nenhum tipo de apoio, de financiamento estudantil para o aluno”, diz.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que chegou a financiar em 2014 mais de 730 mil contratos, oferece hoje 100 mil vagas na modalidade juro zero, voltado para estudantes de baixa renda.

“Esse é um desafio do setor privado, como continuar atraindo alunos, aumentando a base de alunos no ensino superior brasileiro e, depois, como conseguir manter esse aluno se no meio do caminho ele tem algum problema familiar, se tem um problema de desemprego”.

O estudo Evasão e Migração no Ensino Superior Brasileiro, apresentado pelo Semesp, no final de abril, mostra que, atualmente, as instituições de ensino superior, públicas e privadas, perdem anualmente 25,9% dos jovens que ingressam nos cursos presenciais. Nas instituições privadas, essa taxa é maior, 28,5% – nas públicas é 18,6%. Na modalidade a distância, 34,3% dos ingressantes deixam o curso ainda no primeiro ano.

O estudo mostra ainda que o valor da mensalidade não é o principal fator para a evasão. Entre os cursos mais caros, o percentual de evasão foi menor que entre os mais baratos. “O aluno, na hora de escolher, pensa na qualidade, busca uma instituição que tenha vocação e que tenha relacionamento com o mercado de trabalho. Uma das características que têm as instituições com baixa evasão é que elas se preocupam com os alunos, se engajam com os alunos”.

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