INSS: Apenas 23% dos trabalhadores de transportes por aplicativos contribuem para a previdência social

Apenas 23% de trabalhadores de transportes por aplicativo contribuíram para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O formato diz respeito as relações entre funcionários e empresas, que contratam mão de obra para realizar serviços esporádicos e sem vínculo empregatício.

O número de pessoas que trabalham nesse tipo de ocupação cresceu, passando de 1,5 milhão ao fim de 2021 para 1,7 milhão no terceiro trimestre de 2022.

As informações vem do estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra a evolução dos trabalhadores nessa atividade e a redução de contribuintes.

• Entre para o Telegram do Money Times!
  Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

INSS: Padrão dos trabalhadores

O levantamento mostrou que os trabalhadores por conta própria são um grupo heterogêneo, formado por trabalhadores com alta e baixa escolaridade.

Os dados apontam ainda que, entre os demais trabalhadores por conta própria no país, que não estão na modalidade Gig Economy do setor de transportes, há maior estabilidade no percentual de contribuintes para a previdência social. O número de contribuintes para o INSS entre os trabalhadores por conta própria foi de 33% no terceiro trimestre de 2022.

Comparando a trajetória dos percentuais de contribuintes, nota-se que, enquanto a dos trabalhadores da Gig Economy dos transportes está em queda, a dos demais conta-própria apresenta uma estabilidade considerável.

Leia também

Empresas

Plano de negócios: Petrobras (PETR4) aprova US$ 111 bi em investimentos, com aumento de faixa de dividendos

Empresas

Eles chegaram: Petrobras (PETR4) pagará R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários

Vulnerabilidade

Segundo o estudo, a diferença entre os contribuintes pode indicar um aumento da vulnerabilidade dos trabalhadores da Gig Economy no setor de transporte, que estão desprotegidos de eventuais riscos.

O recorte por região também mostra desigualdades na contribuição previdenciária. Enquanto a região Sul tem mais de um terço dos trabalhadores em Gig Economy dos transportes contribuindo para a previdência social (37%), na região Norte esse percentual ficou abaixo de 10% (9,6%).

A região Nordeste atinge a marca de 16,5%, enquanto Sudeste reporta 27%. No Centro-Oeste o percentual de contribuintes é de 22,9%.