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Insatisfeita com decreto, Taurus estuda importar armas de fogo, diz Estadão

17 jan 2019, 9:42 - atualizado em 17 jan 2019, 10:05
(Divulgação/Facebook)

Por Investing.com – As ações da Taurus Armas (FJTA3) tiveram forte destaque na bolsa desde a ascensão de Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais em 2018. Nesta semana, com a assinatura do decreto regulamentando a posse de armas de fogo e a sinalização da abertura do mercado para esses produtos, os papéis acumulam expressivas perdas de quase 45% em dois dias.

Preocupado com a possibilidade da abertura do mercado, o presidente da companhia, Salesio Nuhs, deu a entender que não ficou satisfeito com o decreto do governo. De acordo com a Coluna do Broad do Estadão, o executivo entende que não há muitos atrativos em fabricar armas no Brasil, principalmente na questão regulatória e tributária.

Dessa forma, seria mais vantajoso para a companhia produzir no exterior para depois importar para o Brasil, uma vez que os importadores não precisam de um burocrático processo de homologação. Esse procedimento leva em média três anos para

Por isso, diz que o ideal seria produzir no exterior e exportar para o Brasil, já que importadores não têm de passar por processos de homologação, que levam em média três anos entre a construção do protótipo e o lançamento.

A coluna destaca ainda que os importadores não têm a mesma carga tributária e os produtos não precisam passar por aprovação de órgãos regulatórios, como o Exército. Hoje, a Taurus tem uma fábrica no Rio Grande do Sul e investe para ampliar a produção nos Estados Unidos.

Outro ponto é que as medidas do governo foram consideradas tímidas pelos defensores do tema, que esperavam também a redução de preços e a desburocratização na aquisição dos equipamentos.

Desempenho em 2018

No ano passado, as preferenciais saltaram 88,37 por cento e as ordinárias dispararam 146,91 por cento, em grande parte apoiadas em sinalizações de Bolsonaro, no sentido de ampliação de investimentos em segurança pública e liberalização nas regras para concessão de posse de armas.

A companhia também divulgou na semana passada que seu conselho de administração aprovou acordo preliminar com autoridades norte-americanas para encerrar processo nos Estados Unidos relacionado a seus produtos.

A Taurus, que afirma ser uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, encerrou os nove meses até setembro de 2018 com receita líquida 623,5 milhões de reais, mas prejuízo consolidado de 44,6 milhões de reais.

As vendas líquidas de armas nos 9 primeiros meses do ano passado totalizaram 613,6 milhões de reais, alta de 17,4 por cento em relação ao mesmo período de 2017, com as vendas nos mercados interno e externo registrando aumentos de 73 e 10,4 por cento, respectivamente, segundo o balanço da empresa.

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