Inovação de teste da covid por levedura chega à final de prêmio do Grupo Fleury
No momento no qual se descobre milhões de testes para covid-19 próximos do vencimento, largados em galpão em galpão do Aeroporto de Guarulhos, em meio a retomada dos contágios mesmo com a baixa testagem da doença no Brasil, alunos e ex-alunos da Unicamp deram mais um passo para a um novo kit de detecção do vírus pela amostra de saliva.
Chegaram à final do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury (FLRY3) e são candidatos a receberem mais recursos para conclusão das pesquisas dos testes por um sistema de leveduras, esse fungo unicelular que, através da fermentação, converte seus alimentos em dióxido de carbono e álcool.
A BIOinFOOD, dos ex-alunos Osmar Carvalho Netto e Gleidson Silva Teixeira, se associaram na empreitada aos pós-graduandos Fellipe Mello, Carla Maneira da Silva e Pamela Bermejo, o time do Laboratório de Genômica e bioenergia (LGE), liderado pelo cientista Gonçalo Pereira.
A startup já conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia, para o teste já batizado de CoronaYeast.
Em fase bastante avançada, os pesquisadores são responsáveis pela criação de uma nova cepa de leveduras, a partir da família saccharomyces cerevisige, comum na produção de pães, cerveja e etanol.
O que anima o grupo é o custo baixo na produção de insumo frente ao teste atual RT-PCR, uma vez que esses microrganismos se multiplicam rapidamente, podendo facilitar e ampliar a testagem em massa.
Com vacinas ou tratamentos que surjam, a convivência com o novo coronovírus será por muito tempo e haverá necessidade de testagens massivas.