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Início de ano da Duratex impressiona, mas analistas não veem espaço para ação subir

01 maio 2021, 17:25 - atualizado em 01 maio 2021, 17:25
Duratex
“A Duratex superou as expectativas do mercado no primeiro trimestre de 2021”, disse a Ágora Investimentos (Imagem: YouTube/Duratex)

A Duratex (DTEX3) reportou números impressionantes no primeiro trimestre do ano, de acordo com a Ágora Investimentos. Impulsionada pela Divisão Madeira, a companhia reportou salto no lucro líquido, que totalizou R$ 172,69 milhões (+232,2% ante igual período de 2020).

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente, considerado um dos principais destaques pela corretora, bateu recorde histórico para um primeiro trimestre e atingiu R$ 495,92 milhões. A margem subiu 9,1 pontos percentuais, de 18,9% para 28%.

“A Duratex superou as expectativas do mercado no primeiro trimestre de 2021”, comentaram os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi, em relatório divulgado ontem. “A Duratex reportou Ebitda recorrente de R$ 496 milhões, 13% acima de nossa estimativa de R$ 440 milhões e +20% versus consenso, -4% no comparativo trimestral e +126% no comparativo anual. O número foi impulsionado por resultados muito fortes na divisão de painéis de madeira, enquanto Deca e Cerâmica foram mais fracos no comparativo trimestral, mas em linha com nossas expectativas”.

Os analistas ainda destacaram que, em painéis de madeira, a companhia conseguiu superar o mercado, visto que os volumes reportados pela Duratex na categoria cresceram 36% no comparativo anual, enquanto o mercado está expandindo em torno de 22% na mesma base de comparação. Segundo a Ágora, tal resultado foi conquistado pelo fortalecimento do relacionamento da empresa com os clientes.

Recomendação neutra

A Ágora tem uma visão de longo prazo positiva para a Duratex, sob perspectiva de que as taxas baixas e a melhora da renda impulsionarão a demanda por móveis e a atividade de construção no varejo. No entanto, a corretora seguiu com recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 23.

Os analistas veem pouco espaço para valorização no momento, com o ativo negociado a 9,4 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2021.

“Acreditamos que a geração de Ebitda e as margens estão próximas dos níveis máximos”, acrescentaram Lofiego e Mussi.