Internacional

ING corta projeção do PIB para China em 2018 e 2019

12 set 2018, 17:39 - atualizado em 12 set 2018, 17:39

Diante da perspectiva da guerra comercial entre China e Estados Unidos e a irregularidade das tarifas entre os dois países, as estimativas do PIB chinês estão diminuindo, como afirma o banco ING, que hoje (12) cortou a projeção para 6,6% – antes, 6,7%. Em relação a 2019, os 6,5% caíram para 6,3%.

As medidas tomadas pelo governo chinês para conter esse cenário de queda envolvem, mais uma vez, investimento em infraestrutura. “Com mais projetos de infraestrutura, a produção industrial, no geral, deve prosperar”, afirma Iris Pang, economista para a região chinesa do ING.

Em agosto, estima-se que os  investimentos em infraestrutura, que podem avançar de 5,5% em julho a 8% em agosto, aprimorem o nível da produção industrial para 6,2%, de 6% em julho, na comparação ano a ano. Quanto ao investimento em ativos fixos, a projeção é que cresça para 6% (de 5,5% no mês anterior). Investimento imobiliário, no entanto, pode desacelerar de 10,2% para 9%.

De acordo com Pang, a indústria do país passa por um momento com duas forças opostas. Enquanto a guerra comercial afeta as empresas exportadoras, o forte investimento em infraestrutura ajuda a atividade manufatureira. “Nós esperamos que a tendência de crescimento geral fique estável”, conclui a economista.

Já para as vendas no varejo, a projeção ano a ano é de crescimento para 8,9% em agosto, de 8,8% em julho. Em contrapartida, espera-se que empresas exportadoras de pequeno e médio porte possam ser forçadas a encerrar suas atividades caso o conflito econômico entre China e Estados Unidos se agrave.

“Alguns trabalhadores se tornariam desnecessários, e enquanto alguns deles poderiam ser absorvidos pelas empresas estatais, nem todos seriam. O restante provavelmente tentaria encontrar um trabalho de habilidades inferiores no setor de serviços”, explica Pang. Isso reduziria os salários e, consequentemente, diminuiria o ritmo de consumo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.