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Informantes cripto estão na fila para receber milhões da CFTC

18 nov 2022, 12:10 - atualizado em 18 nov 2022, 12:10
Bitcoin
Segundo a comissária, informantes já receberam milhões de dólares anteriormente ao oferecer pistas para a agência (Imagem: Pixabay/lukinIgor)

Kristin Johnson, comissária da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, fez um apelo a profissionais da indústria de criptomoedas para que contribuam com informações em meio ao colapso da FTX Group.

Segundo a comissária, informantes já receberam milhões de dólares anteriormente ao oferecer pistas para a agência.

Na quinta-feira, Johnson disse que a CFTC garante o anonimato dos denunciantes e acrescentou que esses dados desempenham um papel crucial no cumprimento da lei, dada a opacidade de parte do mundo dos criptoativos.

“No contexto do espaço de ativos digitais, o valor de que esses denunciantes e informantes se manifestem é fundamental”, disse Johnson em entrevista à margem de uma conferência da City & Financial Global em Londres, destacando que as fraudes no mercado cripto podem ser “desoladoras”. Quando se trata de pagamentos a pessoas que contribuem para a capacidade da CFTC de identificar, investigar e processar casos, os valores são “muito” altos, contou.

De acordo com as regras da CFTC, informantes podem receber prêmios no valor de 10% a 30% do dinheiro que a agência arrecada em penalidades aplicadas em um caso. A agência pagou quase US$ 200 milhões a um único denunciante não identificado no ano fiscal de 2022, a maior quantia concedida sob a Lei Dodd-Frank pela CFTC ou SEC, disse o regulador em comunicado no mês passado.

Johnson acrescentou que o apelo é “muito amplo” e não apenas sobre a FTX. “Tudo o que podemos é fazer o chamado porque, se alguém puder se livrar depois de ter feito isso uma vez, fará novamente.”

Reguladores dos EUA investigam se a FTX.com usou recursos de clientes de forma inapropriada, e também analisam as relações da corretora com outras partes do império de criptomoedas de Sam Bankman-Fried. As investigações da SEC e da CFTC estão relacionadas à crise de liquidez que colapsou a FTX, informou a Bloomberg News na semana passada.

Consultores encarregados de avaliar o que sobrou da FTX revelaram uma lista impressionante de alegações contra a antiga liderança da empresa, com críticas à supervisão inexistente e ao uso indevido de fundos de clientes enquanto tentam localizar bilhões de dólares em ativos desaparecidos.

Johnson sugeriu que o Congresso deveria expandir a jurisdição da CFTC para cobrir o mercado à vista e garantir que possa agir se acreditar que clientes ou mercados dos EUA podem ser afetados por atividades em uma plataforma fora dos EUA.

“É cada vez mais crítico que fechemos cuidadosamente essas lacunas regulatórias, apertando e tecendo os espaços onde os atores podem agir nas sombras”, disse a comissária

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