Inflação vai estourar a meta em 2023? Veja o que esperar do penúltimo IPCA do ano
Os últimos dados divulgados pelo IBGE mostram que a trajetória da inflação brasileira segue baixista, avaliam especialistas. E a perspectiva é de que o índice termine 2023 dentro do intervalo da meta — de 3,25%, com teto em 4,75%.
Para novembro — dado que será divulgado às 9h de terça-feira (12) –, a XP Research espera variação de 0,26%. O resultado, segundo os analistas, será fruto da queda dos bens industriais, por conta da Black Friday, e da gasolina, após reajustes da Petrobras (PETR3; PETR4).
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Por outro lado, é esperada uma alta em serviços, mas moderada — cenário que segue corroborando para uma desinflação no curto prazo, dizem.
Já a Warren Investimentos aponta para uma alta de 0,28% no mês e para variação de 4,68% em 12 meses. De acordo com a estrategista Andréa Angelo, a pressão altista deve vir do grupo de alimentação no domicílio, que pode saltar mais de 1%.
“As proteínas, carne bovina, aves, ovos e leites, são os principais responsáveis pela aceleração do grupo, e esperamos que apresentem alta de 1,43% e, no caso do leite, deflação menor que as anteriores -0,90%”, afirma.
Do lado baixista, além da gasolina — que deve ter queda na inflação em torno de 2% –, o desempenho do etanol anidro deve contribuir para impacto menor dos combustíveis.
O grupo industrial também deve apresentar queda de 0,50% e os industriais subjacentes em 0,63%, refletindo o período de preços menores.
A Warren estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2023 em 4,40%, abaixo do teto da meta. “E vemos riscos baixistas para a projeção”, avalia.