Inflação: Principal base eleitoral do Governo Lula foi a que mais sofreu em maio; entenda
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente ao mês de maio, registrou mais uma desaceleração para todas as classes de renda na comparação com abril, com destaque para os grupos de alta renda.
Conforme o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em termos absolutos, as famílias de renda alta tiveram o maior alívio inflacionário, com deflação de 0,08%, enquanto o segmento de renda muito baixa apresentou a taxa mais elevada de inflação no período (0,33%).
No entanto, no acumulado deste ano, famílias de renda muito baixa registraram a menor taxa de inflação (2,65%), enquanto a classe de renda média-alta apresentou a maior taxa (3,13%), aponta o Instituto.
Confira como cada faixa de renda sentiu a inflação
Faixa de renda | Inflação em março |
Renda muito baixa | 0,33% |
Renda baixa | 0,32% |
Renda média-baixa | 0,27% |
Renda média | 0,21% |
Renda média-alta | 0,19% |
Renda alta | -0,08% |
Fonte: Ipea
- GIRO DO MERCADO: Seu programa diário de segunda a sexta-feira, sempre ao meio-dia para te trazer todas as notícias que fervem no mercado financeiro e as análises que impulsionam seus investimentos! Salve o link e não perca!
Produtos que pesaram no bolso
O maior ponto de pressão inflacionária em maio foi saúde e cuidados pessoais, visto que passou por reajuste nos produtos farmacêuticos, com alta de 1,1%, impactando especialmente as classes de renda mais baixas.
Contudo, para as classes de renda mais altas, a pressão veio do reajuste de 1,2% dos planos de saúde. A alta do grupo habitação, decorrente dos aumentos das taxas de água e esgoto (2,7%) e da tarifa de energia elétrica (0,91%), também provocou uma pressão inflacionária nos segmentos de menor poder aquisitivo.
Conforme o Ipea, o recuo foi significativamente maior para as famílias de renda alta, devido à melhora no comportamento das passagens aéreas e dos combustíveis, com deflações de 17,7% e 1,8%, respectivamente.