Economia

Inflação: Principal base eleitoral do Governo Lula foi a que mais sofreu em maio; entenda

14 jun 2023, 9:46 - atualizado em 14 jun 2023, 9:46
inflação
Grupo de alta renda tem deflação em maio, aponta Ipea, enquanto grupo de renda muito baixa teve a mais elevada taxa de inflação

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente ao mês de maio, registrou mais uma desaceleração para todas as classes de renda na comparação com abril, com destaque para os grupos de alta renda.

Conforme o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em termos absolutos, as famílias de renda alta tiveram o maior alívio inflacionário, com deflação de 0,08%, enquanto o segmento de renda muito baixa apresentou a taxa mais elevada de inflação no período (0,33%).

No entanto, no acumulado deste ano, famílias de renda muito baixa registraram a menor taxa de inflação (2,65%), enquanto a classe de renda média-alta apresentou a maior taxa (3,13%), aponta o Instituto.

Confira como cada faixa de renda sentiu a inflação

Faixa de renda Inflação em março
Renda muito baixa 0,33%
Renda baixa 0,32%
Renda média-baixa 0,27%
Renda média 0,21%
Renda média-alta 0,19%
Renda alta -0,08%

Fonte: Ipea

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Produtos que pesaram no bolso

O maior ponto de pressão inflacionária em maio foi saúde e cuidados pessoais, visto que passou por reajuste nos produtos farmacêuticos, com alta de 1,1%, impactando especialmente as classes de renda mais baixas.

Contudo, para as classes de renda mais altas, a pressão veio do reajuste de 1,2% dos planos de saúde. A alta do grupo habitação, decorrente dos aumentos das taxas de água e esgoto (2,7%) e da tarifa de energia elétrica (0,91%), também provocou uma pressão inflacionária nos segmentos de menor poder aquisitivo.

Conforme o Ipea, o recuo foi significativamente maior para as famílias de renda alta, devido à melhora no comportamento das passagens aéreas e dos combustíveis, com deflações de 17,7% e 1,8%, respectivamente.

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