Inflação pode ultrapassar teto da meta; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)
Os investidores brasileiros terminam uma semana agitada com nada mais nada menos que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro.
As projeções do Investing.com apontam para uma aceleração da inflação, passando de 0,44% para 0,53% no comparativo mensal. Já na base anual, a alta prevista é de 4,72%, ante os 4,42% vistos no mês passado.
Se confirmado, o IPCA passará o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e colocará mais sobre o Banco Central.
Vale lembrar que, nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,50 ponto percentual — avançando a taxa básica de juros para o patamar de 11,25% ao ano. O mercado aposta em mais uma alta na reunião de dezembro.
O BC reforçou o impacto da política fiscal na trajetória da monetária. “A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio”, afirmaram os dirigentes no comunicado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad estão fazendo uma série de reuniões para bater o martelo em relação ao pacote de corte de gastos. O anúncio estava previsto para acontecer esta semana, mas ele pode precisar de mais alguns dias.
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Além disso, o mercado também deve repercutir os resultados de Petrobras (PETR4) e Magazine Luiza (MGLU3).
A Petrobras informou um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre, em uma alta anual de 22,3%, reflexo da melhora do lucro bruto e do resultado financeiro e das menores despesas operacionais. Já o Magazine Luiza reverteu o prejuízo de quase R$ 143 milhões visto no terceiro trimestre do ano passado e reportou lucro ajustado de R$ 70 milhões.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas pelo segundo dia consecutivo e seguiu na contramão do tom positivo dos índices de Nova York.
O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,51%, aos 129.681,70 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6753 (-0,01%).
O que esperar de Wall Street
Lá fora, o mercado repercute a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). O Federal Reserve realizou mais um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, levando a taxa para o intervalo entre 4,50% e 4,75%. Os últimos números da economia americana mostram um arrefecimento do mercado de trabalho e estabilidade na inflação.
No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, há dúvidas de como seguirá o ritmo do afrouxamento monetário. O motivo é que o novo presidente promete ser mais expansionista — e, consequentemente, inflacionário —, com planos de políticas fiscais e comerciais.
Apesar das preocupações, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que, por enquanto, o banco central norte-americano não está levando em conta o resultado das eleições desta semana em suas escolhas de política monetária.
“No curto prazo, a eleição não terá efeitos sobre nossas decisões de política monetária”, disse Powell em uma coletiva de imprensa após a reunião do Fed.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (8)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,30%
- Hong Kong/Hang Seng: -1,07%
- China/Xangai: -0,53%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,72%
- Frankfurt/DAX: -0,73%
- Paris/CAC 40: -0,87%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,08%
- S&P 500: +0,09%
- Dow Jones: +0,01%
Commodities
- Petróleo/Brent: -1,31%, a US$ 74,64 o barril
- Petróleo/WTI: -1,59%, a US$ 71,21 o barril
- Minério de ferro: -1,65%, a US$ 108,40 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +1,45%, a US$ 76.018
- Ethereum (ETH): +3,26%, a US$ 2.915
Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!