Inflação pode colocar em cheque queda da Selic; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
Oficialmente, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece só na semana que vem, mas para o mercado a tensão começa hoje.
Agora de manhã, pouco antes da abertura da bolsa de valores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de inflação de maio.
Pelas projeções, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve subir para 0,40% ante os 0,38% de abril, segundo a pesquisa do Broadcast. Já o acumulado de 12 meses deve acelerar de 3,69% para 3,87%.
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Os números desta terça-feira (11) serão analisados com lupa pelo Banco Central. A autoridade monetária destacou em sua última ata que o cenário econômico já o mudou e que existe um risco de alta inflacionária no radar.
Se os preços caírem, ótimo, significa que há espaço para, pelo menos, mais um reajuste de 0,25 ponto percentual.
Mas se os resultados apontarem para uma alta na inflação, aí os investidores que se preparem. Não está descartado uma pausa nos cortes da taxa básica de juros, o que manteria a Selic no patamar de dois dígitos por mais tempo do que o esperado.
- IPCA sobe acima do esperado pelo mercado: Quais são os desafios para a inflação agora? Oestes Costa, da O2 Capital, comenta as perspectivas para a economia brasileira em participação inédita no Giro do Mercado desta terça-feira (11):
No último pregão, Ibovespa (IBOV) operou de forma lateral, com investidores monitorando a divulgação de dados inflacionários importantes como o IPCA e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) que sai amanhã.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em leve queda de 0,01%, a 120.759,51 pontos.
O EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociado no mercado americano, segue desatualizado, com os dados do after market de ontem.
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, as expectativas giram em torno do a inflação americana e da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O Federal Reserve deve manter os juros no intervalo entre 5,25% e 5,50% e seguir com o discurso de que as condições econômicas estão apertadas, com o payroll da semana passada apontando para um mercado de trabalho ainda aquecido.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no negativo.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta terça-feira (11)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,25%
- Hong Kong/Hang Seng: -1,04%
- China/Xangai: -0,76%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,74%
- Frankfurt/DAX: -0,60%
- Paris/CAC 40: -0,83%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -0,29%
- S&P 500: -0,26%
- Dow Jones: -0,35%
Commodities
- Petróleo/Brent: -0,33%, a US$ 81,36 o barril
- Petróleo/WTI: -0,36%, a US$ 77,43 o barril
- Minério de ferro (Dalian): -4,16%, a US$ 111,11 por tonelada
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -3,26%%, a US$ 67.174
- Ethereum (ETH): -3,70%, a US$ 3.541
Boa terça-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!