Renda Fixa

Inflação no radar: É hora de comprar títulos IPCA+? Veja a perspectiva da XP para renda fixa

13 mar 2024, 16:05 - atualizado em 13 mar 2024, 16:06
renda fixa indexadores
Imprevisibilidade da inflação pode trazer oportunidades para a classe de ativos atrelada ao IPCA+. (Imagem: Getty Images)

A imprevisibilidade da inflação no Brasil continua na cola dos investidores não só para o mês de março, mas também para um período mais longo de análises.

Na terça-feira (12), os dados de inflação de fevereiro foram divulgados. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCAsubiu 0,83% no mês e 1,25% no ano. A alta ficou acima do esperado pelo mercado, registrando 0,41 ponto percentual a mais do que janeiro (0,42%).

Por isso, os analistas da XP Investimentos optaram por manter a alocação em títulos indexados em IPCA+. Dentre as classes de ativos da renda fixa, a atrelada a inflação segue com perspectiva positiva de curto e médio prazo, sendo a única com esta avaliação.

“Recomendamos manter uma parcela da alocação em títulos e/ou fundos indexados em IPCA+, pois podem oferecer ganhos reais, principalmente considerando a imprevisibilidade da inflação no Brasil em prazos mais longos, podendo se beneficiar de retornos ainda maiores por conta da marcação a mercado em cenários de corte da Selic, como o atual”, explicam Rodrigo Sgavioli e Eduardo Melo, que assinam o relatório de alocações de março.

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E a Selic? Veja como se posicionar na renda fixa

Enquanto isso, os títulos pós-fixados receberam classificação neutra na perspectiva apresentada no relatório da XP.

Por conta da queda gradual da taxa Selic que tem sido sinalizada pelo Banco Central, o ganho real acompanha seu declínio. No entanto, ela classe ainda é recomendada para perfis mais conservadores e para investimento de curtíssimo prazo.

Os prefixados também contam com uma recomendação neutra. Nessa classe de ativos, os analistas apontam uma dualidade: é o indexador com maiores riscos de cauda do que os demais, entretanto, possui retornos maiores que o CDI médio dos próximos meses.

“Uma maior confiança sobre a melhora estrutural da dinâmica fiscal brasileira de longo prazo traria mais conforto em aumentarmos mais essa exposição, até mesmo utilizando vencimentos longos”, pontuaram os analistas.