Economia

Inflação ‘na linha’ do que o Fed quer ajuda, mas não dá certeza de corte em junho; veja o que diz o mercado

29 mar 2024, 13:26 - atualizado em 29 mar 2024, 13:26
mercado- Estados Unidos - PCE
Dados mostram uma alta em fevereiro, mas indicam desaceleração na inflação em relação ao mês anterior (Imagem: Getty Images)

Agora pela manhã, saiu o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que mostrou uma alta de 0,3% em fevereiro ante o mês anterior, segundo os dados do Departamento de Comércio americano. 

Além disso, os dados de janeiro foram revisados ​​para cima, com o PCE subindo 0,4% em vez de 0,3% conforme relatado anteriormente.

O índice, que é o favorito do Federal Reserve (Fed) e ajuda a balizar as apostas de futuros cortes de juros, veio em linha com o que era esperado pelos mercados. De acordo com o levantamento da Reuters, os agentes esperavam uma alta de 0,3%.

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No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador fechou com uma variação de 2,5%, que também está dentro das expectativas do mercado.

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Inflação mostra desaceleração, mas corte ainda não é certo

Apesar de os números mostrarem um bom caminho, Anderson Meneses, da Alkin Research, explica que ainda existe uma pressão nos salários que demanda cautela na leitura. Com isso, o analista acredita que o Federal Reserve segue bem encaminhado para que haja corte nos juros em junho.

“As projeções já aumentaram agora para pelo menos 61% indicando para um corte de 25 pontos-base em junho. A gente está em uma boa trajetória, mas o Fed vai ter ainda um último dado nessa reunião de maio para poder avaliar”, explica Meneses.

Hoje, o presidente do banco central americano, Jerome Powell, falou durante uma apresentação no Fed de São Francisco, onde foi entrevistado por Kai Ryssdal, do programa “Marketplace” da rádio pública. Segundo a autoridade, os dados mais recentes estão “na linha do que gostaríamos de ver”.

Contudo, ele disse também que a recente inflação alta não alterou a “história” geral de pressões de preços mais brandas, mas também observou que os dados recentes não poderiam ser completamente descartados como um sinal de desaceleração do progresso.

Vale lembrar que, nas últimas três semanas, Powell chegou a dizer que o banco central americano não estava muito longe do ponto em que se sentiria confortável para cortar as taxas de juros. No entanto, o discurso não se repetiu.

Nesta sexta-feira (29), a bolsa de valores brasileira está fechada por conta do feriado de Sexta-Feira Santa. Portanto, o mercado só irá repercutir os últimos acontecimentos na segunda-feira, que marca também o início do mês de abril.

*Com informações da Reuters.