Gasolina deve fechar as portas para deflação em agosto; veja o que esperar do IPCA-15
A inflação deve registrar mais um mês de alta, após o índice se despedir da deflação no mês de julho — com alta de 0,12%. Ao menos é o que os especialistas do mercado esperam do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que será divulgado na sexta-feira (25).
Na análise da Warren Rena, o IPCA-15 deve ter alta de 0,18% em agosto e variação de 4,14% em 12 meses. Já a Quantzed aponta para uma aceleração de 0,17% no mês e de 4,12% em um ano.
A estrategista da Warren, Andréa Angelo, afirma que o principal fator da aceleração deve ser o fim do Bônus Itaipu, que foi aplicado nas contas de energia no mês passado. Só a energia elétrica deve contribuir com 19 pontos base este mês, estima. Outra pressão altista deve vir da gasolina, com alta de 1%.
Por outro lado, o grupo alimentação no domicílio deve continuar em deflação (-0,91%), puxado por in natura, carnes e leites, diz a especialista. As passagem aérea também devem contribuir para a desaceleração.
A Warren estima que o IPCA feche 2023 a 4,90%. Já, para 2024, a expectativa é de uma inflação em 3,9%.
Núcleo da inflação
A especialista da Warren afirma que as principais medidas do núcleo da inflação devem apontar variação média de 0,26% no mês e 5,2% em 12 meses, acelerando em relação a variação de julho.
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Já, a inflação de serviços subjacentes pode atingir 0,40%, abaixo da variação média de 0,47%. “Os olhares estão concentrados nesta medida, que tem exibido movimentos importantes de desaceleração”, avalia Angelo.
De acordo com a especialista, a trajetória de desinflação de serviços deve se intensificar e encerrar o ano em 5,3%. “A medida dessazonalizada e anualizada de média móvel 3 meses da média dos núcleos poderá apontar número entre 2,8 e 3% na ponta no final deste ano”, diz.