Inflação em 5,60% e PIB dos Estados Unidos: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana
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A última semana foi marcada pela divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Nela, o Federal Reserve (Fed) demonstrou estar preocupado com o impacto das políticas tarifárias do presidente de Donald Trump na inflação.
Na primeira reunião de 2025, o Fomc optou por manter os juros de referência norte-americanos estáveis. Com isso, a taxa se manteve no patamar de 4,25% a 4,50% ao ano.
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Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram mistos com fechamento nos vértices curtos e abertura na parte longa. As taxas de juro real tiveram queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,58%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.
Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LTN-B 2028, com 1,20%, e a menor variação ficou com LFT 2030, com 0,24%.
Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em queda. O índice IDEX-DI fechou em 2,08%, contra os 2,22% da semana anterior.
Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 429 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 686 milhões em debêntures incentivadas, R$ 145 milhões em CRIs e R$ 183 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,60% para 5,65% no Boletim Focus desta segunda-feira (24). Trata-se da 19ª alta consecutiva.
Na terça-feira (25), o mercado recebe o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro, além de dados de Sondagem da Construção e Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M). Já na quarta-feira (26), Fluxo Cambial Estrangeiro e Sondagem da Indústria movimentam o dia.
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Quinta-feira (27) será o dia mais cheio da semana, com Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), Sondagens de Serviços e Comércio, Taxa de Desemprego no Brasil e Reunião do CMN.
Por fim, na sexta-feira (28), o Índice de Confiança Empresarial, Indicador de Incerteza da Economia Brasil e o Balanço Orçamentário encerram a semana, e o mês de fevereiro.
Já na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como o Índice de Preços PCE, PIB (4T24), Índice de Confiança do Consumidor, Venda de Casas Novas e Pendentes, e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.
*Com Vitória Pitanga