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Inflação elevada pesa no orçamento das famílias e puxa alta da inadimplência de 2021, diz Boa Vista

28 jan 2022, 21:14 - atualizado em 28 jan 2022, 21:14
Economia, Moeda Real,Dinheiro, Calculadora
A concessão de crédito livre às famílias apresentou mais uma forte alta na comparação anual (Imagem: Ag. Brasil/ Marcello Casal Jr.)

A alta disparada da inflação de 2021 pesou no orçamento das famílias, que viram a inadimplência subir 0,21 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2020. Em 2021, o percentual de brasileiros que não pagaram as contas foi de 4,37%, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (28).

“Ainda que o efeito da alta da taxa de juros sobre a inflação não seja tão nítido, os índices de inflação tendem a desacelerar, como já fora percebido no IGP-M, também divulgado hoje pelo Ibre, ainda que este não seja o índice de inflação oficial”, disse a Boa Vista (BOAS3).

No ano anterior, a Selic passou de 2,00% para 9,25%. De acordo com a Boa Vista, essa guinada fez o juros para as famílias subirem 7,92 pontos percentuais e fechar 2021 a 45,12%.

Segundo a companhia, a maior parcela desse aumento veio do custo de captação de recursos, que subiu 5,20 pontos percentuais ao longo do último ano.

Por outro lado, a concessão de crédito livre às famílias apresentou mais uma forte alta na comparação anual, de 16,72%, encerrando o ano de 2021 com uma alta de 20,16% em comparação ao ano de 2020.

“Contudo, requer atenção a queda de 9,9% entre os meses de novembro e dezembro na série de dados dessazonalizados do Banco Central, algo que pode antecipar uma desaceleração da concessão para 2022”, afirma a empresa de concessão de crédito.

Como será 2022?

Para a Boa Vista, a tendência é de que a inadimplência continue em elevação, de forma gradual, por conta de um cenário ainda bem desafiador para os consumidores.

“A renda em queda, o alto endividamento, a elevação das taxas de juros finais para as famílias são fatores podem aumentar a inadimplência”, disse a empresa.

Por fim, a empresa enxerga que a concessão de crédito deve subir, mas num ritmo menor que o atual, dada a menor capacidade esperada para o consumo.

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