Inflação

Inflação é maior para famílias de renda mais alta em outubro, segundo Ipea

27 nov 2022, 13:00 - atualizado em 25 nov 2022, 12:22
Inflação
Em 2022, o grupo dos mais ricos também teve a maior inflação, com alta de 5,99% (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

As famílias de renda alta sentiram uma variação maior da inflação em outubro segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em seu indicador de Inflação por Faixa de Renda.

Esse é o segundo mês consecutivo em que o grupo é impactado com a maior alta de preços.

Ao longo do último mês, o IPCA teve uma variação positiva de 0,59%, depois de uma sequência de deflações nos meses anteriores.

Mas essa a alta de preços foi maior para famílias de renda mais alta, que sentiram um aumento de 1,14% no mês.

No acumulado do ano, o grupo também teve a maior inflação, com alta de 5,99%.

As famílias de renda média-baixa somaram a menor alta acumulada em 2022, de 4,43%.

Enquanto isso, as famílias de renda muito baixa somaram a segunda maior inflação de preços no ano, com acumulado de 5,25%. Em outubro, o grupo teve um impacto de 0,51%.

Veja a inflação por faixa de renda

Famílias Outubro Acumulado 2022 Acumulado 12 meses
Renda muito baixa 0,51% 5,25% 6,73%
Renda baixa 0,52% 4,91% 6,46%
Renda média-baixa 0,57% 4,43% 6,17%
Renda média 0,61% 4,50% 6,39%
Renda média-alta 0,64% 4,52% 6,38%
Renda alta 1,14% 5,99% 7,95%

Viagens e alimentos

O item que mais pesou nas compras das famílias de renda mais alta no último mês foi a passaram aérea, que teve uma alta de 23,4% em outubro e pesou sobre a inflação dos transportes.

A alta de preços para viajar anulou, inclusive, a deflação nos preços da gasolina e do transporte por aplicativo, de 1,6% e 3,1%, respectivamente.

Já no grupo de famílias mais pobres, o que mais pesou na inflação foram o grupo de “alimentos e bebidas” e “saúde e cuidados especiais”.

No grupo dos alimentos, houve uma alta de 14,3% dos tubérculos, 3,6% das frutas e 0,97% das aves e ovos.

Enquanto o aumento de 2,3% nos preços de produtos de higiene e a alta de 1,4% nos reajustes de planos de saúde pressionaram os custos do grupo de “saúde e cuidados especiais”.

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