Banco Central

Inflação e juros básicos devem continuar em queda, diz presidente do BC

13 maio 2017, 0:38 - atualizado em 05 nov 2017, 14:04

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

A inflação deve fechar o ano em cerca de 4%, segundo o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. A queda do índice deve ser acompanhada do declínio continuado da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Goldfajn disse apostar na aprovação das reformas propostas pelo governo como fator de indução da recuperação econômica. O presidente do BC participou hoje (12) do 19º Seminário de Metas para a Inflação, na sede regional do banco no Rio de Janeiro.

“A reconquista do controle das expectativas de inflação se tornou prioridade, particularmente após anos de inflação alta. A ancoragem das expectativas é pré-condição para alcançarmos uma inflação baixa e estável. Ela precede qualquer processo de estabilização monetária”, disse Goldfajn.

Para o presidente do BC, o ajuste econômico feito pelo governo e as reformas propostas, como a da Previdência e a trabalhista, já se refletem na melhora da percepção do país pelos agentes econômicos e investidores.

“Todo o esforço de política econômica deste governo, que implementou várias reformas neste curto espaço de tempo, já mostram resultados positivos. Diversas reformas e ajustes na economia brasileira aumentaram a confiança e reduziram a percepção de risco. Isso evidencia maior confiança dos investidores na capacidade e solvência do país, fruto das reformas e do foco no combate à inflação”, analisou.

Goldfajn também destacou que a melhora na economia permite a redução da taxa básica de juros, o que, segundo ele, leva à expansão do crédito e ao consequente aquecimento das vendas e da produção, com reflexo no nível de emprego.

“A taxa básica de juros, a Selic, está em um processo de queda. Na última reunião do Copom [Comitê de Política Monetária], foi reduzida a 11,25% ao ano, queda de um ponto percentual. As taxas de juros reais também estão declinando no Brasil. Após atingir o auge, em setembro de 2015, com 9%, declinou para 4,5% nos últimos dias”, comparou.