Inflação e custo do boi nos EUA: fica a expectativa para os balanços da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3)
Os consumidores americanos resistiram ao aumento da carne bovina em 2021 e seguiram respondendo bem no primeiro trimestre do ano, como inclusive demostraram os balanços da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3), mas a sequência inflacionária recorde do país pode colocar em xeque essa tendência, especialmente porque as análises levam a acreditar que o custo do boi deverá subir mais.
Na inflação de março, a máxima em 16 anos, de 1,2% sobre 0,8% de fevereiro, teve a participação de 1% dos alimentos em geral, seguindo os combustíveis.
Com o custo de vida em expansão generalizada e o Federal Reserve (Fed) tendo combustível para enrijecer o contracionismo monetário, já iniciado, fica a expectativa de como se dará a intenção do consumidor em relação a alguns itens da cesta alimentar e o impacto nos balanços e nas ações das duas multinacionais brasileiras, deste trimestre em diante, no momento no qual o rebanho americano deverá sair mais curto – e mais caro – depois do inverno.
Os níveis de migração para proteínas mais baratas, como de suínos e aves, nunca foram comparados ao brasileiro, por exemplo, em outras épocas de inflexão inflacionária.
No entanto, essas carnes também são bastantes presentes no cardápio dos Estados Unidos, como, em geral, no Hemisfério Norte como um todo.
A JBS tem o tripé das três proteínas a seu favor, com as subsidiárias locais.
A Marfrig está mais exposta com a National Beef.
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