Economia

Inflação e alta de juros nos EUA pressionam Copom, avalia Conti Capital

13 set 2022, 19:08 - atualizado em 13 set 2022, 19:08
Fluxo cambial, dólar, imposto de renda no Brasil e nos EUA
Uma postura mais agressiva do Federal Reserve quanto a taxa de juros pode refletir em mais alta da Selic para conter o dólar (Imagem: REUTERS)

Os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de agosto, divulgados hoje, pressionam o Banco Central (BC) brasileiro

Quem diz é o CEO da Conti Capital, Carlos Vaz, ressaltando que os números superaram as projeções do mercado.

“Na minha opinião, mostrou um cenário ainda volátil, no qual o Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] ainda precisará promover novos aumentos da taxa de juros”, diz.

Ele ressalta que as movimentações na inflação norte-americana afetam o mundo inteiro e, claro, o Brasil

“O aperto monetário dos Estados Unidos tende a valorizar o dólar frente ao real e outras moedas”, destaca.

Portanto, ele acrescenta que isso obriga o Brasil a também subir os juros, tentando evitar a fuga de capital e conter a inflação.

Hoje, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, na maior magnitude desde o fim de 2016. Na semana que vem, tem a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

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Qual será a nova taxa?

Contudo, Vaz reforça que juros elevados impactam diretamente na recuperação econômica, resultando em mais volatilidade e incerteza para investidores. Tanto lá fora, quanto aqui.

Segundo ele, o Fed deverá seguir com a elevação da taxa de juros. Apesar de que havia certa expectativa de uma diminuição no ritmo de alta.

O executivo da Conti acredita em uma elevação de 0,75 ponto percentual (p.p.) na semana que vem.

Porém, para as reuniões seguintes, em novembro e dezembro, Vaz aposta em ajustes entre 0,50 e 0,25 p.p

“Tudo me leva a crer que vamos conviver com esse patamar de juros nos Estados Unidos durante todo 2023, começando a diminuir somente em 2024”, comenta.

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