Inflação e alta de juros nos EUA pressionam Copom, avalia Conti Capital
Os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de agosto, divulgados hoje, pressionam o Banco Central (BC) brasileiro.
Quem diz é o CEO da Conti Capital, Carlos Vaz, ressaltando que os números superaram as projeções do mercado.
“Na minha opinião, mostrou um cenário ainda volátil, no qual o Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] ainda precisará promover novos aumentos da taxa de juros”, diz.
Ele ressalta que as movimentações na inflação norte-americana afetam o mundo inteiro e, claro, o Brasil.
“O aperto monetário dos Estados Unidos tende a valorizar o dólar frente ao real e outras moedas”, destaca.
Portanto, ele acrescenta que isso obriga o Brasil a também subir os juros, tentando evitar a fuga de capital e conter a inflação.
Hoje, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, na maior magnitude desde o fim de 2016. Na semana que vem, tem a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
Qual será a nova taxa?
Contudo, Vaz reforça que juros elevados impactam diretamente na recuperação econômica, resultando em mais volatilidade e incerteza para investidores. Tanto lá fora, quanto aqui.
Segundo ele, o Fed deverá seguir com a elevação da taxa de juros. Apesar de que havia certa expectativa de uma diminuição no ritmo de alta.
O executivo da Conti acredita em uma elevação de 0,75 ponto percentual (p.p.) na semana que vem.
Porém, para as reuniões seguintes, em novembro e dezembro, Vaz aposta em ajustes entre 0,50 e 0,25 p.p.
“Tudo me leva a crer que vamos conviver com esse patamar de juros nos Estados Unidos durante todo 2023, começando a diminuir somente em 2024”, comenta.
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