Economia

Inflação dos EUA tira IBOV da mesmice; entenda como CPI afeta o Brasil

14 nov 2023, 12:17 - atualizado em 14 nov 2023, 12:40
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Inflação nos Estados Unidos veio abaixo das projeções e anima mercado; Ibovespa aproveita impulso vindo de Wall Street. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os investidores brasileiros têm motivo para aproveitar o feriado de amanhã. O Índice de Preços ao Consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,02%, contra previsão de ganho de 0,03%. O CPI marcou a taxa mais baixa desde setembro de 2021, apesar de avançar 3,2% no confronto anual.

Com isso, as apostas de uma manutenção nos juros na próxima reunião do Federal Reserve, em dezembro, estão se consolidando. Segundo os dados do monitor CME FedWatch Tool, 94,8% do mercado projeta a manutenção no patamar de 5,25%-5,50%. Até hoje cedo, esse grupo era de 85,5%. Já aqueles que ainda apostam em uma alta de 0,25 ponto percentual somam 5,2%.

As bolsas de Wall Street dispararam, levando junto o Ibovespa (IBOV). Por volta das 12h, Nasdaq operava acima dos 2%, seguido por S&P 500 (1,69%) e Dow Jones (1,31%). A bolsa brasileira aproveitou o impulso para quebrar a barreira dos 123 mil pontos e disparar 2,30%.

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Como a inflação nos Estados Unidos afeta o Brasil?

O consumo nos Estados Unidos, diretamente, não impacta muito o Brasil. No entanto, são os seus efeitos na política monetária do Fed que interessam aos brasileiros.

Quando o banco central americano sobe os juros, a tendência é de que os investidores virem as costas para o Brasil e outros países em desenvolvimento. Basicamente, investir em um lugar com juros altos e que paga em dólar é mais atrativo que colocar o dinheiro em um país emergente.

Além disso, mudanças nos juros lá nos Estados Unidos impactam diretamente o dólar por aqui. Quando os investidores se voltam para o EUA, a tendência é de que o dólar se fortaleça, e câmbio mais alto é sinônimo de inflação do lado das importações e produção por aqui.

Já no caso de uma manutenção dos juros, com o Fed já te olho em um futuro afrouxamento na política monetária, o cenário se inverte: os investidores voltam a olhar para o Brasil e o dólar começa a dar sinais de trégua.

Na última sexta-feira (10), dado mais recente divulgado, os investidores estrangeiros compraram R$ 1 milhão na B3. Mesmo com uma leve saída no dia anterior, isso não foi o suficiente para desanimar os gringos que se empolgaram com Ibovespa batendo os 120 mil pontos.

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