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Inflação dos EUA, Petrobras (PETR4) e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (29)

29 fev 2024, 10:13 - atualizado em 29 fev 2024, 10:13
ibovespa hoje 29 fevereiro 2024
Inflação dos EUA, Petrobras e outros assuntos devem mexer com o Ibovespa nesta quinta (29) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (29) em queda, recuando 0,21%, a 129.879 pontos, por volta das 10h05. Na véspera, o índice foi no sentido contrário aos ganhos dos dois dias anteriores e fechou a sessão em queda de 1,16%, a 130.155,43 pontos.

A perda se deu principalmente pelo tombo das ações da Petrobras, com PETR3 e PETR4 derretendo, respectivamente, 5,39% e 5,16%.



O dólar operava em leve alta frente ao real nesta quinta, com investidores à espera de dados cruciais de inflação dos Estados Unidos, que podem ajudar a balizar as expectativas sobre o afrouxamento monetário do Federal Reserve, enquanto ficava no radar a participação de autoridades brasileiras em reuniões do G20 em São Paulo.

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5 coisas que podem mexer com o Ibovespa nesta quinta (29)

Petrobras (PETR4) desvaloriza R$ 29,9 bilhões após gafe de Prates

Ontem, a Petrobras (PETR4) virou o pesadelo da Bolsa de Valores, após falas do presidente Jean Paul Prates assustarem o mercado. Em um único dia, a empresa desvalorizou R$ 29,9 bilhões, como resultado da implosão de 5% dos papéis, segundo informações do Estadão.

O CEO da estatal disse, em entrevista à Bloomberg, que a Petrobras seria mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários à medida que se move para se tornar uma potência de energia renovável.

“As decisões da administração sobre dividendos, incluindo a proposta de destinação do resultado a ser submetida à aprovação da Assembleia Geral Ordinária marcada para 25 de abril de 2024″, afirmou.

Depois da reação negativa no mercado, a Petrobras se pronunciou dizendo que não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados.

Na avaliação do analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, hoje há espaço para uma potencial recuperação, embora o cenário para os contratos de petróleo no mercado internacional não apresente sinais positivos nesta manhã.

Inflação preferida do Federal Reserve dita o rumo dos investidores

Hora de acabar com a ansiedade dos investidores: agora de manhã será divulgado o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), o indicador de inflação preferido do Federal Reserve.

A projeção do mercado aponta para uma ligeira alta de 0,2% para 0,3% no comparativo mensal, enquanto a inflação deve desaceleras de 2,6% para 2,4% na base anualizada. Já o núcleo do PCE, que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, deve ficar em 0,4% no mês, caindo de 2,9% para 2,8% no ano.

Se os números vierem de acordo com as expectativas, ou melhores do que o esperado, os investidores podem rever suas apostas sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.

As apostas de um corte de juros já na reunião de março são, praticamente, nulas, segundo os dados do monitor CME FedWatch Tool. As apostas são de que o afrouxamento monetário deve ter início entre as reuniões de maio e junho — isso se não rolar nenhuma surpresa negativa no meio do caminho que obrigue o Fed a manter a taxa elevada por mais tempo.

Spiess, da Empiricus Research, destaca que esse dado é crucial e pode redefinir as expectativas de mercado quanto a um possível corte de 75 pontos-base nas taxas de juros até o final do ano, iniciando em junho, especialmente após os números do PIB divulgados ontem, que não provocaram grandes comoções.

Ambev (ABEV3) tem lucro de R$ 4,52 bilhões no 4T23, queda de 10,9% na base anual

Ambev (ABEV3) registrou lucro líquido de R$ 4,52 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), queda de 10,9% em comparação com o ano anterior, mostra balanço enviado ao mercado nesta quinta-feira (29).

O número veio próximo à estimativa do mercado, uma vez que o consenso reunido pela Bloomberg apontava para um lucro de R$ 4,68 bi.

No ano de 2023, a companhia registrou lucro líquido de R$ 14,96 bilhões, uma alta de 0,5% em relação ao lucro de R$ 14,89 bilhões que a empresa teve em 2022.

Para Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, o impacto dos números apresentados é neutro.

“Os resultados da Ambev melhoraram em todas as unidades de negócio, com exceção da operação na Argentina, que sofreu com a forte depreciação do peso em dez/23. Excluindo este efeito, os resultados teriam mostrado expansão de margem em função dos custos menores, que devem continuar favorecendo os resultados em 2024”, avalia.

  • Engie (ENGIE3) divulga resultado do 4T23: Vale a pena investir nas ações da elétrica? Confira a recomendação do analista Ruy Hungria no Giro do Mercado desta quarta-feira (28), é só clicar aqui:

CEO da Rumo (RAIL3) renuncia para assumir o comando da Suzano (SUZB3)

Rumo (RAIL3) informou nesta quarta-feira (28) que seu atual CEO, João Alberto Fernandez, renunciou ao cargo de diretor-presidente da companhia.

O CEO deixará o cargo no dia 29 de março de 2024, de acordo com fato relevante divulgado ao mercado pela Rumo. Paralelamente, a Suzano (SUZB3), também em documento publicado hoje, anunciou a aprovação pelo conselho de administração de Fernandez como futuro CEO da Companhia.

Fernandez ocupará o cargo de Walter Schalka, que permanecerá na posição atual até dia 1º de julho de 2024.

Kepler Weber (KEPL3) vê lucro líquido cair para R$ 94 milhões no 4T23

Kepler Weber (KEPL3) reportou lucro líquido de R$ 94 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), queda de 16,8% na comparação com o 4T22, de R$ 113 milhões. Sob base ajustada, a linha totalizou R$ 84,5 milhões.

O Ebitda ajustado também recuou 24,7%, passando de R$ 156,7 milhões para R$ 117,9 milhões. A receita operacional líquida ficou estável em R$ 502 milhões.