Inflação dos Estados Unidos desacelera em março, mas Fed está em sinuca de bico; entenda
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) perdeu força em março, desacelerando-se em relação a fevereiro. O CPI subiu 0,1% na base mensal e avançou 5% no confronto anual, ficando abaixo das estimativas de economistas, de altas de 0,2% e de +5,2%.
Em fevereiro, a inflação americana a havia registrado aumentos de 0,4% no mês e de +6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Os futuros de Wall Street aceleraram os ganhos: S&P 500 sobe 0,80% e Nasdaq avança 1,11%. Dow Jones sobe 0,60%. Já o Índice DXY recua 0,67%, aos 101.52 pontos.
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Apesar do resultado positivo, o mercado aposta em um aperto monetário mais agressivo do Federal Reserve na taxa de juros. Isso porque os dados do núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, deixou a desejar.
Em março, o núcleo teve alta de 0,4% na base mensal e de 5,6% na base anual – apenas 0,6 ponto percentual acima do indicador cheio. A previsão era de aumentos de 0,5% e +5,5%, respectivamente.
Chance de alta de 0,25 pp na taxa de juros pelo Fed em maio cai a 66,1%, de 72,9% ontem. Atualmente, taxa de juros nos EUA está no intervalo entre 4,75% e 5%.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, que divulgou o dado, o índice de abrigo foi o maior contribuinte para o aumento mensal de todos os itens. Esse movimento compensou o declínio no índice de energia, que caiu 3,5 % ao longo do mês. O índice alimentar manteve-se inalterado, com o índice alimentar em casa caindo 0,3%.