Brasil

Inflação do IGP-M desacelera alta em julho e avança 0,21%, segundo FGV

28 jul 2022, 8:52 - atualizado em 28 jul 2022, 8:52
carrinho de supermercado inflação IPCA
Até este mês, a inflação do IGP-M acumula alta de 8,39% no ano, e de 10,08% em 12 meses  (Imagem: Adobe Stock / Montagem: Giovanna Figueredo)

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), usado para medir a inflação no país, avançou 0,21% em julho, após subir 0,59% no mês anterior, desacelerando a alta, segundo dados da FGV.

Até este mês, o índice da inflação acumula alta de 8,39% no ano, e de 10,08% em 12 meses. Em julho de 2021, o indicador havia subido 0,78% e acumulava alta de 33,83% em 12 meses.

André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, destaca que os preços de commodities importantes estão cedendo, refletindo os riscos de um cenário macroeconômico pouco animador.

No âmbito do produtor, ele explica que “ocorreram recuos importantes nos preços do minério de ferro, do milho e da soja”. Já no lado do consumidor, Braz ressaltou a redução do ICMS da energia elétrica e da gasolina, que “influenciaram destacadamente o resultado do IPC, que registrou queda de 0,28%”.

A FGV ainda monitorou que, em base mensal, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,21% em no período, ante alta de 0,30% em junho; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,28%, após alta de 0,71% no mês passado; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)subiu 1,16%, frente 2,81% anteriormente.

Em relação aos subgrupos da inflação do IPA, nos estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais subiu 0,69% em julho, ante alta de 0,58% no mês anterior.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, conforme a FGV, já que a taxa passou de -0,25% para 2,39%, no mesmo período.

Já a o grupo dos bens intermediários disparou a alta de 0,85% em junho para 2,00% em julho.

O subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,81% para 9,96%, foi o principal responsável pela variação mensal.

No estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 2,13% em julho, após queda de 0,52% em junho.

O indicador foi influenciado negativamente pelo minério de ferro, algodão em caroço e milho em grão. Já no lado positivo, a influência veio dos itens bovinos, leite in natura e mandioca/aipim.

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