Finanças Pessoais

Inflação do carnaval: de passagens aéreas a bebidas e glitter, veja os itens carnavalescos que ficaram mais caros

01 mar 2025, 13:00 - atualizado em 28 fev 2025, 15:57
carnaval-2025
(Foto: iStock / corradobarattaphotos)

Nem o carnaval escapou da inflação, que fechou 2024 acima do teto da meta e vem incomodando os brasileiros. De acordo com levantamento da Rico, os itens carnavalescos acumulam alta de 95,8% nos últimos 10 anos.

O aumento de preços que afeta um dos principais feriados do calendário brasileiro foi superior ao acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, que chegou a 75,1%. As bebidas alcoólicas foram os produtos que mais encareceram.

Na última década, a cerveja subiu 63,1% e nos últimos cinco anos ficou 34% mais cara. De acordo com a Rico, o aumento reflete o encarecimento dos insumos, como malte e alumínio para as latas, além da elevação de tributos estaduais em algumas regiões do país.

Para os que preferem outras opções de bebidas alcoólicas, a situação é ainda pior. No caso de destilados e coquetéis prontos para o consumo, a alta dos últimos dez anos foi de 106%, ou seja, os preços mais que dobraram. Nos últimos cinco anos, o aumento foi de 54,7%. 

A valorização do dólar, que impacta o custo de importação de insumos para a produção é a grande responsável pelo encarecimento, segundo a Rico. 

Além das bebidas, a desvalorização cambial também impactou itens como fantasias, glitter e acessórios utilizados nos foliões. As bijuterias subiram 56% na última década e 43,6% nos últimos cinco anos. No caso de artigos de maquiagem, a alta foi de 40,4% nos últimos dez anos e de 25,6% nos últimos cinco.

Carnaval mais caro para quem viaja

Mesmo fora dos bloquinhos e foliões, o consumidor não deve ter vida fácil neste feriado. Quem pretende curtir o carnaval em outra cidade vai enfrentar passagens aéreas 51% mais caras do que dez anos atrás e com preços 52% maiores que cinco anos atrás.

Para pacotes turísticos, a inflação na década foi de 86% e nos últimos cinco anos foi de 49,9%. A Rico atribui o aumento à forte demanda e à alta dos custos operacionais do setor de turismo, além do câmbio, preço dos combustíveis e ajustes na oferta das companhias.

Vale ressaltar que no período de carnaval também há um aumento sazonal de demanda, que se soma aos fatores apontados pela corretora e jogam os preços nas alturas. 

A Rico recomenda planejar os gastos com antecedência, buscar promoções e considerar alternativas mais econômicas para bebidas, acessórios e viagens.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.

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