Inflação deve se manter em um ‘patamar desconfortável’, diz Galípolo
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alertou que a inflação deve seguir acima da meta, em um patamar “desconfortável”. Com isso, a autoridade monetária deve manter o aperto monetário.
“Devemos passar por um momento desconfortável para as empresas e famílias. A inflação deve seguir o patamar desconfortável fora da meta, repercutindo os eventos do passado, e espera que a política monetária vá fazendo efeito gradativamente”, disse, nesta quarta-feira (12), em seminário promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG), no Rio de Janeiro.
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A meta da inflação para 2025 é de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,16% em janeiro e acumula alta de 4,56% em 12 meses, pouco acima do teto da meta.
” Estamos caminhando para um patamar bastante elevado do ponto de vista de aperto monetário”, completou Galípolo.
Na reunião de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros de 12,25% para 13,25%. O Banco Central também já sinalizou mais uma alta de 1 ponto percentual em março, o que levaria a Selic para o seu maior patamar desde novembro de 2016.
Mais cedo, em entrevista para Rádio Diário FM, de Macapá (AP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Galípolo precisa de tempo para “consertar os juros”.
“Não é possível dar um cavalo de pau em um navio como o Brasil. Precisamos ir ajustando as coisas, e tenho certeza que o Galípolo vai consertar os juros”, afirmou.