Economia

Inflação deve desacelerar em novembro, mas seguir acima do teto da meta; veja o que esperar do IPCA-15

25 nov 2024, 14:37 - atualizado em 25 nov 2024, 14:39
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(Imagem: Pixabay)

O mercado recebe a prévia da inflação de novembro nesta terça-feira (26) e a expectativa é de uma leve desaceleração no ritmo de alta em relação a outubro (0,54%). No entanto, o acumulado de 12 meses deve seguir acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 4,50%.

As projeções são de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) suba 0,48% no mês e 4,62% em um ano, segundo o Investing.com.

A estrategista da Warren Investimentos, Andrea Angelo, afirma que o avanço menor no mês se deve, principalmente, à energia elétrica, dada a mudança da bandeira vermelha 2 para a amarela. Com isso, o item deve cair de +5,29% em outubro para -0,25% em novembro, representando -22 pontos base de efeito.

“Vale ressaltar que esperamos uma nova mudança da bandeira em dezembro, passando de amarela para verde, assim como a devolução do bônus de Itaipu no mês e a volta do impacto em janeiro de 2025. Dessa forma, projetamos uma variação de -18% para o item em dezembro, encerrando em -15,9% em 2024, ao passo que em 2025 estimamos uma alta de +18,3% do item, sendo +15,8% em janeiro”, diz.

Além disso, Angelo espera que os itens de higiene pessoal contribuam para baixo no índice, em razão de algum movimento de promoções pré-Black Friday.

Já do lado altista, a passagem aérea deve ser o destaque, saindo de -11,40% para +8%, impactando o IPCA-15 em +14 pontos base.

O grupo de alimentação no domicílio também deve contribuir para cima, com alta projetada de 1,48%. O destaque deve ser a carne, cuja variação projetada é de +7,15%. “Para o ano de 2024, esperamos uma alta de +8,5% para o grupo de alimentação no domicílio, com carnes em +20%, enquanto para 2025 as variações estimadas são de +6,20% e +15,5%, respectivamente”.

Adicionalmente, o cigarro, do grupo de despesas pessoais, deve apresentar uma alta em relação à prévia de outubro, em razão do início do impacto do aumento do imposto sobre produtos industrializados (IPI).

A projeção da Warren para o IPCA fechado de 2024 é de 4,13%, enquanto para 2025 é de 5,5%.

Os núcleos da inflação

Na parte qualitativa, a estrategista da Warren afirma que o núcleo de serviços subjacentes deve apresentar uma desaceleração relevante em relação a outubro — de +0,76% para +0,37% projetado. Cinema, teatro e concertos devem corroborar com a queda, reduzindo a alta para +0,49%.

Os itens de consertos, no geral, e aluguel de veículos também devem vir abaixo da inflação do mês passado.

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“Esse núcleo de serviços subjacentes vinha acelerando desde o IPCA-15 de outubro, movimento que deve ser continuado, com intensidade não muito elevada, a partir da inflação fechada de novembro até o fim do ano”, diz Angelo.

Outro grupo importante, o de serviços intensivos em trabalho, deve acelerar levemente, puxado por serviços de beleza — cabeleireiro e barbeiro, manicure e sobrancelha — e de costura. “Para 2024, projetamos que esses grupos encerrem em 5,60% e 5,20%, respectivamente”.

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