Inflação brasileira e sequência de dados nos EUA: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

Os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento. (Imagem: inkdrop)

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A última semana, que foi mais curta devido ao feriado, foi marcada pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2024 (4T24). O país fechou 2024 com um PIB de 3,4%, de R$ 11,7 trilhões.

No cenário internacional, o foco se deu ao mercado de trabalho americano. Os Estados Unidos (EUA) criaram 151 mil vagas de emprego em fevereiro de 2025, de acordo com o payroll divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, o que aumentou as apostas por um novo corte.

Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento ao logo da curva. As taxas de juro real tiveram queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,80%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LTN-B 2028, com 2,27%, e a menor variação ficou com LFT 2028, com 0,15%.

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Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em alta. O índice IDEX-DI fechou em 2,12%, contra os 2,04% da semana anterior.

Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma alta, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 598 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 808 milhões em debêntures incentivadas, R$ 146 milhões em CRIs e R$ 259 milhões em CRAs.

O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,65% para 5,68% no Boletim Focus desta segunda-feira (10). Embora os economistas tenham estagnado a porcentagem na última semana, o dado volta a subir.

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Além disso, tem a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro, publicado pelo FGV Ibre. O dado teve alta de 1,0% em fevereiro, depois de avanço de 0,11% no mês anterior, com forte aumento da pressão dos preços tanto no atacado quando no varejo.

Na terça-feira (11), dados como Produção Industrial, Barômetros Econômicos Globais e Estatísticas do BC em Valores a Receber, movimentam a manhã.

Sendo um dos grandes destaques da semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro será publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (12). No dia, ainda saem dados de Produção e Venda de Veículos, Balanço Orçamentário e Estatísticas Fiscais.

Na quinta-feira (13) apenas Estatísticas Monetárias e de Crédito, e o Crescimento do Setor de Serviços, movimentam o lado de indicadores brasileiros. Já na sexta-feira (14), o mercado recebe Vendas no Varejo e o Índice de Preços ao Produtor (IPP).

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Na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como o CPI, Índice de Tendência de Emprego, Expectativas de Inflação ao Consumidor, Ofertas de Emprego JOLTS, Balanço Orçamentário Federal, Índice Michigan de Percepção do Consumidor, PPI, e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.

Ainda por lá, os mercados estão atentos às falas recentes de Donald Trump ao canal Fox News, que não destacou uma recessão na economia norte-americana.

*Com Vitória Pitanga