Economia

Inflação brasileira deve seguir acima do teto da meta até março de 2026, diz UBS BB

13 mar 2025, 14:43 - atualizado em 13 mar 2025, 14:43
inflação IPCA
UBS BB vê IPCA acima do teto da meta até março de 2026. (Imagem: joaogbjunior/Pixabay)

A inflação brasileira deve seguir acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC) até março de 2026, afirmam os economistas do UBS BB. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro em 5,06% e vem rompendo a banda superior da meta desde outubro de 2024.

Os economistas Alexandre de Azara, Fabio Ramos e Rodrigo Martins esperam que o índice atinja o pico de 5,5% em abril. Já no fechamento de 2025, a projeção é de 5%.

“Apesar da desaceleração para 5% que esperamos durante o ano (abaixo do consenso de 5,7%), a inflação deve permanecer acima do limite superior da meta (4,5%) pelos próximos 12 meses”, dizem.

Para os próximos meses, o banco também projeta que as métricas dos núcleos do IPCA permaneçam pressionadas nas taxas anualizadas. Os preços industriais subjacentes, os serviços e os alimentos devem seguir elevados.

Os setores industriais subjacentes podem permanecer sob pressão devido ao repasse restante da depreciação cambial passada, explicam.

Já do lado dos serviços, independentemente da previsão de atividade econômica mais fraca, os economistas dizem que a desaceleração não é suficiente para quebrar a persistência do mês passado e derrubá-los rapidamente.

A inflação de alimentos também deve seguir pressionada, apesar das boas perspectivas para a colheita no primeiro semestre de 2025. “Os preços globais mais altos de alguns produtos estão incentivando as exportações do Brasil, como carne, e aumentando os preços localmente”.

Além disso, o grupo deve refletir a depreciação cambial. “Prevemos que a inflação de alimentos permaneça entre 7% e 8% durante a maior parte de 2025 e desacelere para 5,5% a 6,0% no quarto trimestre”, dizem.

Para 18 meses a partir de agora, considerado o horizonte relevante para a política monetária, o UBS vê uma inflação de 3,6% — dentro da banda de tolerância da meta, mas ainda acima do centro de 3%.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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