Inflação ao produtor na Alemanha toca máxima recorde com disparada de custos de energia
Os preços ao produtor na Alemanha subiram 25% em janeiro, taxa mais forte desde o início dos registros modernos já que os custos de energia dispararam, ampliando uma série de aumentos acentuados que deve manter a inflação ao consumidor em cerca de 5% por mais vários meses.
O salto nos preços ao produtor, que influencia a inflação ao consumidor, foi o mais forte desde 1949, quando foram fundadas as Alemanhas Ocidental e Oriental e teve início a série de dados econômicos no pós-guerra.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que a leitura, publicada nesta segunda-feira pela Agência Federal de Estatísticas alemã, permaneceria nos 24,2% de dezembro. Aumentos acentuados de 18,4% e 19,2%, respectivamente, foram registrados em outubro e novembro.
Essa sucessão de saltos no índice de preços nos portões das fábricas, cuja medição acontece antes que os produtos sejam processados ou colocados à venda, sugere que “a pressão na cadeia de inflação permanece alta”, disse o economista do Commerzbank Ralph Solveen.
“Esperamos que a taxa de inflação (ao consumidor) na Alemanha fique em torno de 5% no outono (no Hemisfério Norte)”, acrescentou.
Excluindo os preços de energia, a inflação ao produtor alemão foi de 12% em janeiro.